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Decoração de "caçamba": veja 6 dicas para resgatar peças achadas na rua

Karine Serezuella

Do UOL, em São Paulo

20/08/2015 07h01

Como você pode ver no álbum acima, a casa da estilista Julia Vassoler Guglielmetti, é decorada com peças usadas, garimpadas e reformadas por ela. Esse mesmo espírito “caçambeiro” também levou um grupo de arquitetos e artistas a formar no começo desse ano o coletivo Zapateria que resgata, restaura e revende peças descartadas. “Sempre vimos muita coisa de valor em caçambas, principalmente em bairros nobres”, diz o arquiteto André Villas Boas, um dos participantes do projeto. André conta que eles priorizam a qualidade do material e avaliam quanto tempo pode durar: “A gente sempre pega madeira maciça. Por exemplo, batentes de portas viram mesas e bancos no nosso espaço”.

Ficou inspirado com as histórias? A arquiteta e urbanista Carol Mota, que mantém o blog Sofá de Ideias, o arquiteto Gustavo Calazans, que já transformou casas inteiras com objetos encontrados em caçambas, e Teo Vilela, proprietário da loja Teo (especializada em móveis antigos), dão seis dicas práticas para quem pensa em resgatar itens achados na rua. Veja e comece, também, a garimpar a decoração da sua casa no lixo!

móveis e objetos achados no lixo - Getty Images - Getty Images
Descartados em lixos e caçambas, móveis e objetos usados podem ser reaproveitados
Imagem: Getty Images

1. Mude seu olhar

Encare caçambas e lixeiras como lugares de possíveis (e preciosos) achados. Para quem está reformando ou mudando de casa, a caçamba é o jeito mais fácil de descartar as peças que não cabem mais no novo lar. Por isso, você pode encontrar objetos de muito valor como janelas, portas e móveis que podem ser reaproveitados.

2. Pense em um novo uso

Tente enxergar uma nova função para aquela peça descartada. Por exemplo, transforme portas de armário ainda conservadas em um belo biombo e o utilize como divisória em sua quitinete. Achou uma geladeira antiga, mas ela não funciona mais? Transforme-a em uma cristaleira ou em um bar para armazenar suas bebidas preferidas.

pintura nova - móvel - Getty Images - Getty Images
O móvel achado na rua pode ganhar uma nova cara com uma simples pintura
Imagem: Getty Images

3. É de valor, leve para casa

Ao encontrar um móvel ou objeto de decoração bem bacana, antes de resgatá-lo, pergunte-se: é útil para mim? Onde vou colocar? Vai caber? Vai ficar bom e combinar com a decoração? Se uma dessas perguntas for respondida com uma negativa, pondere.

Considere pegá-lo de qualquer forma, se o item tiver um valor especial ou, por exemplo, for feito de uma madeira maciça e/ou nobre. Pense se seus amigos ou parentes se interessariam por ele ou se seria fácil encontrar um novo dono ao anunciá-lo em suas redes sociais. Só tome cuidado para que seu lar não se transforme em um depósito.

4. Avalie: como vou levar?

Se for complicado retirar da caçamba e/ou transportar o objeto achado, há duas saídas: pedir ajuda a amigos ou familiares ou contratar alguém para fazer a retirada, o transporte e a entrega da peça. Nesse caso, consulte o valor do serviço e pese: vale a pena levar para casa, mesmo gastando com o carreto?

5. Precisa de reforma? Pare e faça as contas

Analise o estado geral do item: está quebrado? Faltam peças? A madeira está boa? Se você adora botar a mão na massa, avalie a possibilidade de você mesmo fazer os pequenos reparos que a peça encontrada demanda. Se não tiver prática, tire uma foto do objeto e envie a um marceneiro de confiança e peça uma opinião, por exemplo. Se essa opção não existir, só pegue o item se estiver convencido de que a despesa com o conserto compensa ou o destino do móvel ou objeto sera, novamente, o lixo.

6.  Cuidado com as pragas

Observe se a peça não virou um criadouro de ratos, baratas ou outros bichos para não acabar levando essas pragas para dentro de sua casa. Em móveis de madeira, verifique se há sinais de infiltração de água ou infestação por cupins (procure por pequenas perfurações e porções de pó da madeira, próximos ao item). Nessas situações, o objeto pode até ser recuperado, mas o custo pode não compensar. Ainda no caso dos cupins, o conselho é aplicar um produto para a prevenção mesmo quando a peça achada está aparentemente intacta.