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Gestos e atitudes entregam quando você está ansioso; veja 8 deles

Do UOL, em São Paulo

10/02/2016 12h50

O dicionário "Houaiss" define a ansiedade como um "grande mal-estar físico e psíquico". Para João Oliveira, psicólogo e autor de "Saiba Quem Está à Sua Frente" (Wak Editora), ela nada mais é do que um medo sem objeto, que gera movimentos comandados pelo cérebro. "Esses movimentos são a resposta do sistema nervoso central a uma excitação excessiva, justamente para dissipar a ansiedade. Portanto, é comum que pessoas no estado ansioso alterem a respiração e se mexam muito."

Oliveira diz que mesmo aqueles que não são especialistas no assunto conseguem perceber esse sentimento no outro. E, como a ansiedade pode atrapalhar desde um momento pessoal até um profissional, fique atento aos sinais. "Eles são simples e podem começar com a sudorese aumentada, por exemplo, ou um brilho na pele, mas que não é suor. Para auxiliar quem está ansioso, é só conversar calmamente, e esses primeiros sinais vão desaparecendo aos poucos."

A seguir, veja oito gestos e atitudes que denunciam a ansiedade.

  • Jeff/Arte UOL

    Piscar mais

    João Oliveira diz que um indivíduo tenso e nervoso --por conta da ansiedade-- pisca os olhos mais do que o normal. "Em média, piscamos 15 vezes por minuto. Em um momento ansioso, o número pode chegar a 40." Segundo ele, o sinal também pode estar ligado ao relato de mentiras, ação que nos deixa nervosos. "Se a intenção é não demonstrar, ao notar o descontrole das piscadelas, tente se acalmar, pois assim você informa o cérebro de que tudo está bem."

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    Desenhar de forma desordenada

    Esse sinal está mais associado a determinados momentos nos quais a ansiedade pode atacar, como uma entrevista de emprego ou a espera por uma ligação importante. Ao se sentir ansioso, é comum rabiscar com certa força ou pressão. "Também demonstra irritação e tem a mesma origem da ação de amassar/rasgar papel", afirma Paulo Sérgio de Camargo, autor de "Linguagem Corporal: Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais" (Summus Editorial).

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    Cruzar os braços e acarinhá-los

    Essa atitude também vale quando o carinho é no pescoço ou em qualquer outra parte do corpo. Segundo os especialistas em linguagem corporal entrevistados pelo UOL, o autocarinho é um sinal que os ansiosos emitem de que querem ficar mais calmos.

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    Roer as unhas ou morder lábios

    Você pode trocar os exemplos acima por outros que considere uma mania particular, como morder tampa de caneta. No entanto, só serão sinal de ansiedade se acontecerem particularmente em momentos que provoquem tal sensação. "É preciso cuidado ao generalizar, pois existem pessoas que têm o hábito de roer as unhas. Nesse caso, não é ansiedade e, sim, um comportamento repetitivo", diz Ronaldo Cavalli, especialista em linguagem corporal.

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    Pêndulo

    Quando a pessoa está em pé e balançando (suavemente, claro) o corpo de um lado para o outro, como um pêndulo, quer dizer que, inconscientemente, está tentando se acalmar seguindo o ritmo de um batimento cardíaco controlado.

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    Balbuciar pensamentos

    Quando você vê alguém parado e com os lábios se movendo, pode saber que essa pessoa está ansiosa. De acordo com João Oliveira, trata-se da subvocalização dos pensamentos, que, em momentos de ansiedade, estão a todo vapor.

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    "Limpar" as pernas

    Um sinal clássico de ansiedade é o suor. Em boa parte das vezes, além da axila, ele também aparece na palma das mãos. Por isso, é comum que os ansiosos façam o movimento de empurrar as mãos para frente e para trás nas coxas. Segundo Paulo Sergio de Camargo, o gesto pode acontecer mesmo que a sudorese não aumente, por conta do nervosismo. "Além de ansiedade, esse sinal também demonstra estresse", afirma.

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    Bater o pé no chão

    O mesmo vale para mexer as pernas constantemente. De acordo com Ronaldo Cavalli, a maioria das pessoas hiperativas apresentam essa característica, assim como outros sinais do comportamento ansioso. "Dependendo do grau de ansiedade, esses movimentos podem se tornar um problema e, então, é preciso procurar ajuda especializada para conseguir viver em um ritmo normal."