Topo

Campanha online reúne reações irônicas de mulheres a cantadas

"Aquele momento desconfortável em que sua atraente taxista dá em cima de você (de novo)", diz tuíte - Reprodução/Twitter/@farwzaz
'Aquele momento desconfortável em que sua atraente taxista dá em cima de você (de novo)', diz tuíte Imagem: Reprodução/Twitter/@farwzaz

21/06/2016 11h58

As mulheres estão usando a hashtag #NoWomanEver (#NenhumaMulherDiz, em tradução livre) para falar com ironia de experiências não tão engraçadas com assobios, comentários sexuais de desconhecidos e outros assédios na rua.

Embora a hashtag não seja nova, ela foi utilizada mais de 140.000 vezes no últimos dias depois que o perfil americano no Twitter Miss Black Awareness (Miss Consciência Negra) a reviveu para aplaudir sarcasticamente as ações de um homem cujos avanços indesejados a usuária disse ter sofrido.

Ela postou uma série de tweets usando a hashtag, como: "Ele andou aleatoriamente ao meu lado na rua por 5 minutos inteiros. Eu admirei sua tenacidade e sabia que ele era o homem para mim #NenhumaMulherDiz" ou "Eu estava na minha pausa para o almoço, e ele disse 'Oooh, eu aposto que você é muuuuito mais deliciosa do que essa salada', então eu dei a ele meu número #NenhumaMulherDiz".

O bastão foi logo passado para muitas outras usuárias, que usaram a hashtag para contar como foram tratadas por homens.

"Eu não estava atraída por ele. Eu educadamente recusei o número dele. Mas quando ele me seguiu quando eu sai do ônibus? :) :) :) #NenhumaMulherDiz", uma usuária twittou.

"Quando ele puxou o meu fone de ouvido por não ter respondido? Meu coração derreteu #NenhumaMulherDiz", disse outra.

Todos os tipos de histórias chegavam de mulheres que não estavam contentes com a forma como elas poderiam ser tratadas na rua.

Curiosamente, os tweets não passaram despercebidos a alguns homens, que se disseram horrorizados com tais práticas e pediram mais respeito às mulheres.

A hasghtag não representa a primeira vez que uma mídia social é usada para reagir a assédios na rua. Um vídeo do YouTube que mostrou a atenção indesejada que uma mulher recebeu andando por Nova York foi visto mais de 40 milhões de vezes. E no Brasil as mulheres e meninas usaram a hashtag "#primeiroassedio" para falar sobre as suas experiências.