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Foto faz Mariana sofrer com sombra de Grazi: como agir quando adoram a ex?

À esquerda, a apresentadora e modelo Mariana Goldfarb; à direita, a atriz Grazi Massafera - Montagem/Fotos Reprodução/Instagram
À esquerda, a apresentadora e modelo Mariana Goldfarb; à direita, a atriz Grazi Massafera Imagem: Montagem/Fotos Reprodução/Instagram

Adriana Nogueira

Do UOL

09/01/2017 13h58

No último fim de semana, a modelo e apresentadora Mariana Goldfarb, namorada de Cauã Reymond, foi alvo de críticas na web por supostamente "copiar" a ex-mulher do ator, Grazi Massafera, ao postar no Instagram uma foto em que aparece de cabeça para baixo, uma posição clássica de ioga. No mesmo dia, a atriz havia postado imagem parecida em seu perfil na mesma rede social.

A foto de Mariana ser uma imitação à ex-mulher de seu marido pode fazer pouco sentido, já que a posição é conhecida dos praticantes de ioga e imagem muito recorrente. A reclamação da suposta imitação faz mais sentido pela inconformidade de fãs que se identificam com casais que romperam a relação (Grazi e Cauã se separaram em 2013), e as vezes a conta acaba "sobrando" pra um novo parceiro que sofre críticas de quem gostava do antigo casal junto.
 
Em um caso como este, fica a pergunta: como lidar com a família e os amigos do par quando eles amam a “ex”? Ou até em um caso como esse, envolvendo famosos, quando o universo sai de amigos e familiares e chega até o público em geral.

"É preciso que essa nova pessoa entenda que o questionamento não é sobre ela e, sim, sobre a relação terminada. E ela não deve alimentar as reações do círculo social do parceiro, para preservar a intimidade do relacionamento”, disse a psicóloga Tatiana Leite, especializada em terapia de família pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

Paciência, muita paciência

A psicóloga diz que esse sentimento de apego ao “ex” é bastante comum quando as pessoas do entorno do casal não acompanharam o rompimento.

“Há casais que dão sinais de que estão desgastados na frente dos outros, mas há os que, mesmo que a relação esteja mal, não demonstram nem para a família nem para os amigos. Nesse caso, quando terminam, causam surpresa. É o mesmo processo de quando alguém querido morre de repente, como em um acidente. É preciso um tempo para vivenciar esse luto”, afirma Tatiana.

Nova relação, nova forma de ser

Segundo a terapeuta de família, o novo par traz à tona fantasias que as pessoas tinham sobre o romance que terminou e não é raro que quem está iniciando a nova história seja “acusado” de ter mudado.

“As pessoas mudam mesmo quando se começa uma relação. Quando um casal se forma, faz –mesmo que inconscientemente—um novo projeto de vida. Por exemplo, o casal não viajava, mas um deles era louco para viajar e abria mão porque o par não gostava. Daí em uma nova história, a pessoa coloca que quer viajar mais e o novo companheiro apoia, acompanha. Quem está de fora vai falar ‘ué, ele não viajava! Mudou por causa do outro!’.”

Demarcação de território

Se quem chega no círculo social do par que já tinha uma relação importante tem de ter paciência, quem traz alguém novo para o seu convívio precisa abrir espaço para a pessoa, a fim de garantir que ela não sofra com comentários atravessados e indelicadezas.

A psicóloga Tatiana Leite recomenda “preparar o terreno” antes de apresentar o par aos amigos e à família. “É importante marcar um espaço falando algo como: ‘Entendo que vocês gostem da fulana ou do sicrano, mas quero que conheçam essa nova pessoa e que respeitem a minha escolha’.”

Nada de propaganda

A terapeuta também fala que, ao trazer o novo par para o seu convívio, deve-se evitar atitudes que alimentem a comparação entre o “ex” e o par atual. “Nada de ficar listando qualidades e feitos do novo amor, como se tivesse fazendo propaganda de um produto”, diz Tatiana.