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Vida após a separação: 5 mulheres contam o melhor de voltar a ser solteira

Rita Trevisan

Colaboração para o UOL

28/07/2017 04h00

Após o luto da separação, o caminho natural é enxergamos outras oportunidades de realização, com direito a momentos de prazer e alegria de que só as solteiras podem desfrutar. A seguir, cinco mulheres divorciadas contam o que descobriram quando se viram sozinhas, com autonomia total para construir uma nova história.

Gleidiane Santos, 37 anos, técnica de enfermagem  - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
“A sensação de estar livre para fazer só o que gosto é maravilhosa”

"Estou divorciada há cinco anos e passei mais ou menos um ano tentando me recuperar. O casamento estava ruim, mas foi muito duro ter que esquecer os planos que nós dois tínhamos. Mas quando eu consegui virar a página, foi fácil retomar ao convívio social. E a sensação foi maravilhosa: eu me sentia completamente livre para fazer o que realmente gostava e o que me fazia bem. Além disso, o fato de já ter passado por uma relação conjugal me permitiu ver a vida de solteira de outra forma, com mais maturidade do que quando eu era jovem. Hoje eu me divirto muito mais com meus amigos e com meus relacionamentos, só que de um jeito saudável. Minhas relações são bem mais estáveis em vários aspectos, porque minha autoestima melhorou com o tempo. Viajo mais e redescobri as coisas que eu realmente curto e, agora, me dedico totalmente a elas. Acho que o mais importante, no processo pós-separação, é se colocar em primeiro lugar e não se diminuir porque não tem mais alguém do seu lado.” Gleidiane Santos, 37 anos, técnica de enfermagem

Simone Alves, 44 anos, representante comercial  - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal
“Ninguém decide nada por mim”

“Eu me casei muito nova e fiquei 20 anos no mesmo relacionamento. Pensei muito antes de encarar o divórcio, mas, uma vez tomada a decisão, segui com a minha vida. Há quatro anos, quando me separei, tinha medo de recomeçar, claro, mas nunca deixei isso me impedir de buscar a minha realização. Eu me tornei dona da minha vida e foi uma experiência indescritível. Hoje, me sinto forte, bem resolvida, madura. Se eu tenho vontade de fazer alguma coisa, vou lá e faço. Se não tenho, digo ‘não’ sem pensar duas vezes e sem culpa. A verdade é que, agora, ninguém decide nada por mim. Depois do divórcio, minha relação com as minhas filhas também mudou para melhor. O meu conselho para quem acabou de se separar é: assumir as rédeas da própria vida, para fazer do seu jeito. A felicidade será uma consequência natural desse encontro consigo mesma.” Simone Alves, 44 anos, representante comercial

Jucilene Oliveira, 40 anos, administradora - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal
“Só quando fiquei sozinha descobri todo o meu potencial”

“Sempre acreditei naquela versão idealizada do amor, em que ambos se apoiam para realizar os sonhos em comum. Mas a verdade é que não encontrei, no meu casamento, essa parceria. Fiquei dois anos casada e, quando decidimos nos separar, fui muito julgada e cobrada. Vivi meu luto, mas, com o tempo, percebi que tinha tomado a melhor decisão da minha vida, pois havia ficado estagnada enquanto estávamos juntos. Sempre esperei o outro para fazer as coisas acontecerem. Sozinha, eu vi que toda a responsabilidade estava nas minhas mãos, mas também tinha todas as oportunidades de construir o meu futuro como eu quisesse. E foi aí que descobri todo o meu potencial. Estou separada há 14 anos e, desde então, conquistei muitas coisas: comprei meu apartamento, meu carro, viajei muito, fiz várias amizades. Nem eu mesma sabia que era capaz de tudo isso! Hoje, entendo que não preciso de ninguém para me fazer feliz. Se tenho vontade de fazer um jantar à luz de velas e não tenho companhia, organizo para mim mesma: decoro a mesa, abro um bom vinho, acendo as velas, coloco uma música e aproveito cada minuto.” Jucilene Oliveira, 40 anos, administradora

Juliana Hirata, 37 anos, bióloga - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal
“Após a dor da separação, fiquei mais forte para enfrentar outros medos”

“Fiquei dez anos casada e me separei há dois. Foi uma decisão bem pensada e, mesmo assim, sofri muito, fiquei perdida e até contei com ajuda profissional. Mas chega uma hora em que você não tem outra alternativa a não ser retomar a vida, o convívio social. Eu me separei porque percebi, junto com meu ex, que estávamos acomodados no relacionamento e que aquilo estava impedindo nossa evolução pessoal. Nos separamos para sermos mais felizes e esse é o objetivo que me move. Hoje, após superar a dor da separação, me sinto mais forte, até mesmo para enfrentar outros medos. Tanto que, nesse momento, estou viajando sozinha, de bicicleta, pelas Américas. Já estou há mais de um ano na estrada conhecendo pessoas, lugares, culturas e vivendo muitas alegrias. Não podia estar melhor.” Juliana Hirata, 37 anos, bióloga

Sabrina Vieira Stamato, 39 anos, advogada - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal
“Gasto com o que eu quiser”

“Estou separada há três anos e confesso que, por ter um filho pequeno, demorei a retomar a vida social. Preferi focar no profissional e, em pouco tempo, minha carreira decolou. Cerca de seis meses após a separação, recebi uma promoção, comecei a ganhar bem mais e isso mudou completamente a minha vida. Ainda mais porque, pela primeira vez, eu poderia gastar com o que quisesse, sem ter que dar satisfação para ninguém. Além disso, a separação me trouxe liberdade irrestrita para sair, para chamar quem eu quisesse à minha casa e, principalmente, para usar meu tempo livre com coisas legais, em vez de gastar cuidando de marmanjo. Hoje, vivo sem cobranças, faço tudo do meu jeito. Descobri o valor que a minha família tem, que o amor maior é o dos filhos e, também, que o sexo com desconhecidos pode ser maravilhoso. Depois da fase difícil, nunca mais precisei de um companheiro para suprir minha carência afetiva. Me sinto plena sozinha.” Sabrina Vieira Stamato, 39 anos, advogada