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Quer ser mais feliz? Não leve essas 7 pequenas chatices da vida tão a sério

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Imagem: iStock

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

30/07/2017 04h00

Todos os dias enfrentamos várias situações estressantes, no trabalho, na rua ou em casa. Em vez de se deixar levar pela irritação, que tal tentar escolher se o perrengue vai ou não estragar o seu humor? Basta pensar que a maioria das coisas nem têm tanto peso assim, se comparadas a problemas maiores. E você não tem domínio sobre elas -- mas pode controlar como lida com elas, exercitando a paciência e a flexibilidade. Veja alguns exemplos:

1. Trânsito

Se você mora em uma cidade grande, já deveria ter se acostumado com essa complicação diária. Tente ocupar o tempo de forma produtiva: coloque músicas de que goste (e cante junto, por que não?), aproveite para se atualizar com as notícias da rádio ou, ainda, pratique um idioma ou escute um curso ou palestra. Preste atenção à sua volta: nos motoristas dos outros carros, na arquitetura dos prédios, nas árvores. Talvez você perceba coisas que nunca tinha visto antes. Reflita: se estressar não mudará o cenário. Pelo contrário, você vai levar a irritação consigo.

2. Espera no consultório

Tem uma consulta marcada e estão demorando para chamar o seu nome? Relaxe. Bufar, xingar ou maltratar a secretária são atitudes que só vão piorar o seu astral. Lembre-se de que o cuidado com você já começa na sala de espera, portanto fuja dos pensamentos negativos que trarão ainda mais ansiedade. Focar na sua respiração pode ser uma ótima estratégia, assim como tentar se distrair. Leve algo com que possa se entreter e que ajude a passar o tempo, como livros. Converse com as pessoas ao redor, faça telefonemas ou mande mensagens. Até mesmo aquelas revistas antigas típicas de salas de espera podem oferecer alguma diversão. Você tem paciência com tantas outras coisas, o que te impede neste cenário?

3. Falta da empregada ou da faxineira

O ideal seria ter um plano B, assim a ausência não seria tão estressante. Muitas pessoas mal podem contar com um plano A, e sobrevivem. Primeiro, trate de mudar a perspectiva e tente compreender que a sua ajudante não faria tal coisa sem motivo. Depois, pense em alternativas, como pedir ajuda de alguém ou marcar a faxina para outro dia. Se nada der certo, respire fundo e avalie o real impacto da situação. Se não vai receber visitas, por exemplo, qual o problema de deixar a casa suja por mais um ou dois dias? E se tiver de receber alguém, faça apenas o necessário -- como recolher a roupa suja, lavar a louça e dar uma varrida básica -- e ligue o dane-se. A casa dos outros nunca é tão organizadinha e limpa assim. Você pode compensar a bagunça com um bom vinho e ótimo papo, certo?

4. Comentários desnecessários

Algumas pessoas parecem dominar a desagradável arte de ofender os outros. Nem sempre é por maldade; em muitos casos é pura falta de jeito. Isso costuma acontecer principalmente em situações envolvendo a aparência. Comentários como "Você ficou melhor depois que engordou", "Nossa, que cara de quem dormiu mal" ou "Não tá na hora de cortar esse cabelo" podem ofender e chatear. Antes de se deixar dominar pela irritação, analise a importância dessa pessoa em sua vida e se vale a pena se estressar. Internalize que o que os outros pensam é problema deles e siga em frente.

5. Ficar doente e ter de desmarcar um compromisso

Faltar ao trabalho numa semana tensa, se ausentar da aula na semana de revisão pré-provas, deixar de ir a um evento social há muito esperado... Ninguém gosta de perder um compromisso importante. Mas, vez ou outra, é primordial se respeitar, pois todos temos limites. Quando você adoece, é sinal de que precisa voltar-se para si e dar atenção ao que está acontecendo com sua saúde. Não se estresse com isso! Aliás, pode ser até mesmo o estresse que te levou a ficar doente. Isso pode ser um alerta para que reveja seus hábitos e mude algo para ter uma rotina mais saudável e feliz.

6. Fila de espera

Nada mais chato do que esperar. Nessas horas, geralmente temos a sensação de que estamos perdendo tempo. Se você se entregar ao nervosismo, com certeza esse tempo será realmente perdido. Porém, pode escolher fazer algo diferente. Por exemplo, pegar o celular e aproveitar para responder com tranquilidade às pessoas para quem você não teve tempo de retornar. Ou enviar mensagens para amigos que você não vê há muito tempo e expressar o quanto você gosta delas. E, ainda, enviar uma declaração de amor inesperada para quem você gosta. Em vez de reclamar, aproveite para colocar as pendências em ordem.

7. Manias do par

Deixar a pasta de dentes sem a tampa, esquecer de fechar o vaso depois de dar descarga, largar coisas esparramadas no chão, arrumar a cama de um jeito diferente do seu, pegar a louça destinada às visitas para tomar o café da manhã... Quanta coisa, na sua opinião, o par faz errado, hein?! Mas o jeito da pessoa é errado mesmo ou apenas diferente do seu? Cada um vê a vida de um jeito -- o que é importante para você talvez não seja para o outro e vice-versa. Quem leva tudo a ferro e fogo está condenando, dia após dia, o relacionamento a fracassar. Se você parar para pensar, raras são as manias alheias que têm, de fato, consequências catastróficas. Você pode dizer de forma objetiva o que lhe incomoda, pois algumas pessoas precisam de orientação adequada. No entanto, se não surtir o efeito desejado, não envenene a relação com algo que não tem tanto peso assim. Viva de forma mais leve!


Fontes: Cintia Seabra, psicóloga clínica e Master Coach; Natália Martins Dias, psicóloga do INDH (Instituto de Neuropsicologia e Desenvolvimento Humano), em São Paulo (SP); Silvia Maria Gonçalves, psicóloga do Hospital São Luiz Jabaquara, em São Paulo (SP), e Thiago Guimarães, psicoterapeuta junguiano e palestrante