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Crush no trabalho? Veja 6 dicas para a paquera não prejudicar sua carreira

Getty Images
Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

13/09/2017 04h00

"Onde se ganha o pão, não se come a carne", prega um ditado popular. Na prática, porém, é bem complicado segurar a onda e não se interessar por um colega de trabalho, ainda mais passando tanto tempo na empresa. Conexões desse acontecem, nas mais diferentes instituições, o tempo todo. Mas não deixe que a paquera desvie a atenção das tarefas nem prejudique a imagem profissional dos envolvidos. Isso pode ser possível com esses seis conselhos:

E-mail com emoji de coraçãozinho? Nem pensar!

Usar os meios de comunicação interna da empresa para paquerar é um grande erro, pois as organizações têm acesso a essas informações. Mesmo que o teor das mensagens não seja explícito ou erótico, é melhor que assuntos pessoais sejam tratados via meios pessoais e que a privacidade de vocês seja mantida bem longe dos olhos alheios. Que tal apelar para o charme vintage dos bilhetinhos escritos à mão (ou, menos arriscado, o celular de vocês, mesmo)?

Não dê (muita) bandeira

É difícil paquerar alguém no trabalho sem chamar a atenção: o humor, a aparência, o olhar, o comportamento... tudo muda. Por isso, nada de ingenuidade: você pode até achar que ninguém está reparando, mas muita gente está, sim. Portanto, nada de excessos: evite gestos expansivos, toques "inocentes", conversinhas prolongadas no café ou papinhos às escondidas nas escadas. Por mais permissivo e moderno que seja o ambiente, empresa não é balada. Não se coloque na posição de alvo de fofocas ou puxões de orelha indesejáveis.

Crie pretextos "profissionais" para se aproximar 

Cheque se existe a possibilidade de fazer parte da mesma equipe do crush, mesmo que seja de forma temporária ou em algum trabalho voluntário. Participar de um projeto coletivo é um contexto bastante favorável não só para passar mais tempo ao lado da pessoa, como também para conhecer mais a respeito da suas opiniões e forma de agir. Inclusive, pode ser o momento de desmanchar ilusões, fantasias e expectativas que possam ter sido construídas sem base na realidade. Mas, atenção: o objetivo principal continua sendo o trabalho.

Não transforme a história em um seriado

À medida que a relação for avançando, é normal que o nível de entusiasmo suba na mesma medida. Porém, contenha a tentação de relatar cada acontecimento, cada frase ou cada atitude do crush aos seus colegas de bancada, mesmo para aqueles em quem você confia. Ninguém precisa acompanhar nada, certo? E você não tem controle sobre onde e como suas informações vão repercutir.

Assim como em um processo seletivo, não minta

Quanto mais autêntica, sincera e verdadeira for a cantada (ou melhor, a abordagem), maior a chance de você não passar vergonha. Os demais colegas conhecem você, então não adianta forjar um personagem. A paquera é como um processo seletivo, ou seja, embora você possa florear algumas informações, não adianta mentir e construir alguém que você não é, porque não será convincente o bastante. E artificialidade não seduz nem a turma do RH, nem a dos solteiros disponíveis. 

Pense se vale a pena transformar em namoro

Há empresas que regulamentam ou simplesmente proíbem relacionamento entre funcionários --cheque a política do local onde você trabalha. Fora isso, é importante analisar os prós e os contras da situação, principalmente se há maturidade suficiente para separar os assuntos pessoais dos profissionais. Em algum momento pode acontecer um conflito no namoro que repercuta no expediente: uma briga, por exemplo. Você estão dispostos a continuar se tratando como colegas de trabalho ou vão misturar as coisas? Se relação tem algum nível hierárquico, então, o cuidado deve ser redobrado.

FONTES: Daniela do Lago, coach, especialista em comportamento no trabalho e autora dos livros "Despertar profissional" e "Up - 50 dicas para decolar na sua carreira" (Integrare Editora), de Santo André (SP); Eraldo Melo, psicólogo e palestrante motivacional, de Itumbiara (GO); Luiz Francisco, psicólogo, life coach e docente dos cursos de Administração de Empresas e Direito da FADISP (Faculdade Autônoma de Direito), de São Paulo (SP), e Roberta Nascimento, psicóloga, autora dos livros "Terapia de bolso" e "Seleção RH" (Matrix Editoria), e diretora do Núcleo Médico Psicológico, em Porto Alegre (RS)