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Um homem e uma mulher contam como colocam o fetiche do corno em prática

Pesquisa constatou que os termos relacionados ao fetiche de corno estão entre os mais buscados - Getty Images
Pesquisa constatou que os termos relacionados ao fetiche de corno estão entre os mais buscados Imagem: Getty Images

Adriana Nogueira

Do UOL

27/10/2017 04h00

Diz o senso comum que todo homem, ou a maioria deles, já propôs, mesmo que em tom de brincadeira, sexo a três para a parceira, agregando mais uma mulher à relação. Mas há uma parcela considerável que tem tirado prazer da prática com um outro homem, como terceiro elemento.

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Pesquisa do site de relacionamentos sexuais Sexlog, feita entre seus quase 7 milhões de usuários, constatou que os termos “corno”, “cuckold” (corno, em inglês) e variações de ménage masculino estão entre os termos mais buscados e que levam novas pessoas à rede, todos os dias.

A seguir, um homem e uma mulher contam por que adoram o fetiche.

“Minha mulher faz questão que eu participe como corno manso”

“Antes de casar, eu já era adepto do ménage masculino, mas no papel de ‘comedor’, não de traído. Saí com alguns casais, em especial aqueles que o marido não participava, apenas olhava a mulher se divertindo. Apesar de ter gostado dessas experiências, ficava me imaginando na posição contrária. Isso me excitava muito mais do que estar transando com a mulher.

No início do namoro com a minha mulher, contei a ela sobre esse fetiche, e ela também compartilhava dessa fantasia. Não demorou muito para fazermos um perfil conjunto em um site de relacionamentos sexuais, para buscar um terceiro elemento. Mas, antes mesmo de colocarmos em prática pela primeira vez, a gente fantasiava como seria ela transando com outro na minha frente.

Uma noite, em um chat do site de relacionamentos, conhecemos um homem que já tinha experiência com esse tipo de fantasia e marcamos de nos encontrar no dia seguinte. Nós nos encontramos em uma loja de conveniência de um posto. Estávamos muito tensos. Ao chegarmos, rolou uma conversa rápida e entramos no carro dele. Minha mulher, na frente, eu, atrás. Em pouco tempo, ele já alisava as coxas dela, que ainda, tímida, ficou imóvel (risos).

No motel, assim que entramos no quarto, os dois começaram a se beijar com muita intensidade. Eu me ocupei de fotografar e fazer vídeos. Servi bebidas. Ajustei o ar-condicionado. Em pouco tempo, ele deixou minha mulher nua, apenas de salto alto. Ambos passaram a me chamar de corno, fazendo brincadeiras sacanas e bem humilhantes. Não me deixaram nem me masturbar. De lá para cá, foram sete homens.

É mais um tempero para a nossa relação do que uma busca constante por isso. Ela nunca saiu sozinha com ninguém. Faz questão que eu veja e participe, como corno manso (risos). Mas tudo bem se ela quiser um dia.”

O professor universitário Marcos* e a esteticista Patrícia* estão casados há dois anos e não têm filhos juntos.

“Meu marido já me liberou para transar com outro sem ele”

“Foi meu marido quem veio com essa ideia de eu transar com outro homem. No início, fiquei horrorizada por conta da educação que recebi, mas, com o tempo, muitas conversas e a relação de confiança que temos, decidi experimentar.

O que posso dizer é que nossa vida sexual ficou muito mais apimentada desde que fizemos pela primeira vez, há dez anos. Nossa cumplicidade também aumentou. Algumas vezes, ele só vê à transa, fotografa e faz vídeos, que assistimos juntos depois. Em outras, transo com ele e com o outro simultaneamente. Enquanto faço sexo oral em um, o outro me penetra.

Usar sempre preservativo faz parte dos nossos combinados. Outro acordo é que não faço sexo anal, porque não gosto. Quando rola química, repetimos parceiros, mas a busca pelo novo é fascinante. Ele já me liberou para sair com outro homem sem ele, mas ainda não encontramos alguém de confiança. Quando rolar, vou contar imediatamente. Falar apenas no dia seguinte seria deslealdade.”

A advogada Nina*, 44, é casada há 14 anos com o vendedor César*, com quem tem uma filha de nove.

* Nomes trocados a pedido dos entrevistados.