40 anos após a lei do divórcio, elas falam sobre preconceito e julgamento
Até 1977, o casamento era indissolúvel no Brasil. Foi só com a emenda constitucional 9, do citado ano, de autoria do senador Nelson Carneiro, que se tornou possível terminar um casamento.
No entanto, para aplacar a ira de setores conservadores da sociedade, especialmente aqueles ligados à Igreja Católica, a emenda foi aprovada com uma série de restrições.
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Para conseguir o divórcio, era preciso, primeiramente, ter se separado judicialmente há mais de três anos ou estar separado de fato por mais de cinco.
O casamento terminava com a separação judicial, mas só se dissolvia com o divórcio.
As vozes contrárias ao divórcio diziam que ele dissolvia a família, reduzia a natalidade, aumentava o aborto e a criminalidade, comprometia a educação dos filhos, pela ruína da autoridade paterna e da piedade filial.
Do ponto de vista legal, os últimos anos foram de avanço. Tanto que, desde 2007, é possível se divorciar em cartório, desde que o casal esteja de acordo com os termos da separação e não tenha filhos menores de 18 anos.
Mas será que a sociedade avançou sobre a percepção da mulher divorciada? Para responder essa questão, o UOL entrevistou três mulheres que se divorciaram em períodos distintos. No vídeo acima, elas falam sobre como foi a experiência do divórcio.
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