Topo

Mães revelam promessas que não conseguiram cumprir na criação dos filhos

Do UOL, em São Paulo

21/06/2016 07h25

A maternidade traz consigo uma série de idealizações. Muitas mulheres prometem, antes mesmo de engravidar, que seguirão certas regras e jamais adotarão comportamentos e práticas que julgam nocivos para as crianças. Até que os filhos nascem, pedem, insistem e -- quase sempre -- vencem pelo cansaço. Veja a seguir seis relatos.

  • Arquivo pessoal

    "Digo que não vou comprar, mas compro"

    "Sou uma dessas mães que tenta dizer não, promete para a família que não vai mais comprar nada para o filho, mas, para deixar o garoto quieto dentro do carrinho, acaba cedendo e volta para casa com mais um vaso, toda vez que vai ao mercado. Sim, o Fabricio ama flores, e toda ida ao supermercado termina na seção de plantas. Digo que não vou comprar, porque, mesmo gostando, ele esquece de cuidar. E adivinha quem precisa regar? Só que os gritos e o cansaço falam mais alto e o máximo que consigo negociar é o valor da planta, que não pode passar de R$ 3. Assim, quebro minha própria promessa e fico com cara de boba toda vez que o pai e a avó me repreendem por isso." | Vivian Hashimoto, 35, mãe de Fabrício, 6

  • Arquivo pessoal

    "Dei chupeta e mamadeira a meus filhos"

    "Li muito na gravidez do Breno e estava convicta de que nunca daria chupeta a ele. Até que, em uma madrugada de extremo cansaço, ofereci o bico artificial. Foram mais de três anos até que ele conseguisse se livrar dela. Tive de lidar com essa situação de não conseguir cumprir uma regra que eu própria tinha estabelecido, uma sensação de pequeno fracasso. Quando o Dante tinha três meses, voltei ao trabalho, e ele passou a se alimentar de fórmula durante o dia, sendo amamentado somente à noite. Mas não aceitou a colher nem o copo e acabou tendo de usar a mamadeira. E lá fui eu, mais uma vez, obrigada a abrir mão de uma convicção pessoal. Acho que o melhor é buscar o equilíbrio entre o ideal e o possível, afinal, somos humanos e passíveis de erro." | Thaís Mauá, 29, mãe de Breno, 7, e Dante, 8 meses

  • Arquivo pessoal

    "Não consigo fugir da 'junk food'"

    "Nunca darei refrigerante e macarrão instantâneo para as minhas filhas. Era exatamente isso que pensava e falava. No primeiro ano da mais velha, foi tudo bem, suco natural e água, até que fomos a um aniversário de uma colega de escola. Minha filha tomou um gole de refrigerante para experimentar e parecia que naquele copo tinha uma poção mágica. Desde então, Malu adora refrigerante de todas as cores e sabores. Com o macarrão foi parecido. Sabe aquele dia que você está em uma correria sem fim? Tive de apelar para o macarrão de três minutos. A partir daí, nossa rotina mudou, porque Malu e Nana aceitaram bem o prato, que se tornou nossa alternativa nos dias mais corridos (quase sempre). Chegou uma fase em que, se pudessem, comiam isso no almoço e no jantar." | Karen Cardoso dos Santos, 34, mãe de Maria Luiza, 4, e Ana Carolina, 3

  • Arquivo pessoal

    "Minha filha dorme em nossa cama"

    "Eu me programei para nunca deixar minha filha dormir conosco na mesma cama. Acho que a criança fica muito mimada, todos dormem mal e ela vai querer fazer isso sempre, o que atrapalha o relacionamento dos pais. Porém, quando eu a amamentava de madrugada, às vezes, ia colocá-la de volta no berço e ela acordava. Então passei a deixá-la em minha cama para também poder dormir. O plano era levá-la para o berço quando pegasse no sono. Mas eu dormia e esquecia. No outro dia, estava lá bela e folgada. Eu, claro, me arrependia. Quando viajamos e ficamos em hotéis, colocamos ela no meio para não cair e isso também gerou um costume. Por isso, agora que ela está maior, quer toda noite dormir conosco. Pega o travesseiro, um urso ou a boneca e leva. Fica todo mundo apertado." | Juliana Martins, 43, mãe de Clarissa, 2

  • Arquivo pessoal

    "Dou comida congelada ao meu filho"

    "Sempre fui contra comida congelada. Minha mãe cozinhava diariamente para mim e meus irmãos. Nunca tinha comido nem lasanha pronta quando morava com ela. Mas sempre trabalhei e não saí do emprego após o nascimento do meu filho. Ele foi para o berçário com quase cinco meses. A escola menor não oferece alimentação fresca. Teria de comprar comida congelada deles, que adquirem a alimentação de uma empresa de nutrição, ou mandar a comida de casa. Decidi arregaçar as mangas e preparar a comidinha do meu filho. Mas o dia de uma mãe precisava ter, pelo menos, 30 horas, para darmos conta de tudo. O jeito foi congelar. Sei que seria bem melhor para ele comer comida fresca. Preparo uma alimentação bem variada, com produtos bem naturais. Fico orgulhosa de ver tudo pronto. Mas, quando coloco tudo no freezer, dá uma dorzinha na consciência." | Cintia Bonatto Tyska Schölzel, 34, mãe de Felipe, 1 ano e 5 meses

  • Arquivo pessoal

    "Meu filho dorme e acorda muito tarde"

    "Uma das coisas que eu realmente falava antes de ser mãe era que meu filho não iria dormir tarde. Sei que as crianças precisam acordar e dormir cedo, mas meu filho nunca dorme antes de 1h. Fica vendo desenhos, jogando e nunca acorda antes das 11 h por vontade própria. Nos fins de semana, isso é até uma vantagem, pois, depois de uma semana cansativa, a última coisa que quero é acordar cedo. As pessoas sempre julgam como você cria seus filhos. Como fui mãe muito nova, viviam me dando dicas sobre como criar crianças. Dicas absurdas, que nunca conseguia cumprir. Com o tempo, percebi que cada mãe faz o máximo que pode pelos filhos. Hoje, vejo o quanto julgava as outras mães sem nem mesmo conhecê-las." | Carolina Simões Paiva, 25, mãe de Vinicius, 6