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Irmão é principal transmissor de coqueluche a recém-nascido, diz estudo

Irmãos podem transmitir coqueluche a bebês - Getty Images
Irmãos podem transmitir coqueluche a bebês Imagem: Getty Images

Nicholas Bakalar

The New York Times

16/09/2015 12h06

 

Um novo estudo descobriu que, atualmente, a forma mais comum de transmissão de coqueluche a recém-nascidos é por meio dos irmãos e não da mãe.

Os bebês podem receber a vacina DTPa (que também protege contra o tétano e a difteria) aos dois meses de idade, com mais quatro doses extras entre os quatro e os seis anos.

Os pesquisadores determinaram a causa da transmissão a 569 bebês, ocorrida de 2006 a 2013. O pai foi o responsável por 10% das infecções, a mãe por 20,6% e os irmãos por 35,5%. A mãe foi a principal transmissora até 2008. O estudo foi publicado há duas semanas no periódico "Pediatrics".

A descoberta provavelmente é o resultado de uma diminuição da imunidade entre crianças e adolescentes que receberam a vacina. Como a doença pode ser transmitida por algum irmão vacinado da criança, é improvável que a estratégia de vacinar todas as pessoas que têm contato com o recém-nascido funcione para reduzir a transmissão entre os bebês muito jovens para serem vacinados.

Tami H. Skoff, principal autora do estudo e epidemiologista do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, afirmou que a vacinação de gestantes continua sendo a melhor estratégia de prevenção da coqueluche.

"A gestante deve receber uma dose da DTPa em cada gestação para fornecer proteção ao bebê. Além disso, todos que têm contato com o bebê devem tomar a vacina, inclusive as doses de reforço", afirmou.