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7 dicas para pai e mãe andarem na mesma direção ao educar o filho

Getty Images
Imagem: Getty Images

Carolina Prado

Colaboração para o UOL

13/09/2017 04h00

“Mas o papai deixou!”. “A mamãe disse que podia!”. Já ouviu essas frases dentro de casa? Elas são sinais de que, em alguns momentos, os pais estão passando mensagens diferentes para o filho, o que confunde a criança e ainda desgasta o casal. Para evitar esses desencontros, listamos algumas dicas.

1. Cada um no seu quadrado

Quando o outro está resolvendo uma questão com o filho, não se envolva. É difícil a gente se segurar, mas ao intervir em uma situação que seu par já está tratando, você o desautoriza, gera confusão na criança e instabilidade no ambiente. É como se o pai ou a mãe não conseguisse resolver nada sem o aval do outro. Sem contar que é uma brecha para seu filho entender que os pais não estão falando a mesma língua.

2. Na frente da criança, não

Evite discordar sobre a educação na frente da criança. É normal cada um ter sua opinião, mas se você acha que o outro fez algo do qual discorda muito, deixe para discutir longe da criança. A ideia é seguir  uma mensagem clara e única. Talvez vocês conversem e mudem de estratégia depois, mas farão isso juntos.

3. O bom e o ruim 

Alterne o papel de quem corrige o comportamento. Uma hora é a mãe, na outra, o pai. Isso fará com que a criança coloque os pais no mesmo patamar, sem classificar um como bom e o outro como ruim. É bom para os pais, porque não abre espaço para o filho tentar jogar com eles, para conseguir o que quer. E para a criança, que vai se sentir mais segura ao saber que pode contar com mamãe e papai da mesma forma, em qualquer situação.

4. A hora do resgate

Resgate o par quando ele perder a paciência. Se perceber que o outro está desestabilizado, evite correr para “salvar” a criança. Melhor ajudar o par, sem discutir com ele, que já está alterado. Você pode, por exemplo, dizer para a criança que o papai ou a mamãe está nervoso, explicar o motivo e conduzir a situação para que o outro possa se acalmar. Se possível, mantenha a ordem que o outro estava conduzindo. E se você acha que ele pegou pesado, converse depois sobre isso.

5. Diálogo sempre! 

Tente entrar em um acordo sobre a educação. Dialogue com o par sobre valores, regras e objetivos com relação à educação de seu filho. Não tenham medo de expor experiências, até para que um entenda como o outro foi criado e o que ele acredita que é melhor passar para a criança. É bom que essas conversas aconteçam com frequência, para que vocês reforcem a parceria e estejam seguros para tomar decisões semelhantes.

6. Cumpra os combinados

Siga as regras que você colocou. E, antes de prometer algo, pense se você vai conseguir cumprir. Ao não seguir o que foi dito, a mensagem que passa é de que sua palavra não tem muito valor. Nessas horas, a criança vê uma oportunidade de fazer o jogo “Mas o papai (ou a mamãe) o deixou!”, já que percebe que você muda de ideia facilmente.

7. Admita seus erros

Sim, os pais também erram. Se você acha que pegou pesado, que estava muito nervosa, é importante dizer à criança. Assim, ela percebe que as emoções têm um espaço na relação, que os adultos erram, que as pessoas também se enganam e que podem voltar atrás e tomar novas decisões.

 

FONTES: Camila de Masi, neuropsicóloga. Dalila Costa, psicóloga e terapeuta cognitiva-comportamental.Eduardo Fraga, psicólogo e professor de Psicologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Samira Falcão, terapeuta de casal.