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Creche raspa a cabeça de menina birracial sem autorização por "higiene"

Tru teve seus cabelos raspados pela equipe da escola onde estuda sem autorização dos pais - Reprodução Facebook/Denise Robinson
Tru teve seus cabelos raspados pela equipe da escola onde estuda sem autorização dos pais Imagem: Reprodução Facebook/Denise Robinson

do UOL, em São Paulo

24/10/2017 15h24

A americana Denise Robinson está processando a creche que cuidava de sua filha, a Little Heroes Group Home, no estado de Massachussetts, por agressão física. De acordo com a mãe, eles rasparam a cabeça de Tru, de 7 anos, sem o consentimento dela.

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Denise ainda contou à filial da rede de tevê CBS em Boston que a equipe da instituição a informou que o cabelo de sua filha teve que ser cortado por questões de higiene. "Não havia nenhum motivo de higiene para raspar a cabeça da minha filha. Nenhum piolho, percevejo, nem um look Rasta", disse. 

O advogado da família, Richard Kendall, afirmou ainda que um voluntário do salão onde Tru teve os fios cortados disse à menina que, se raspasse a cabeça, seu cabelo cresceria liso. 

À rede de tevê a cabo local NECN, a mãe falou: "Estou muito aborrecida. E não deixarei de estar aborrecida porque sinto que minha filha foi agredida e violada". 

Tru com seus cabelos antes do corte forçado - Reprodução Facebook/Denise Robinson - Reprodução Facebook/Denise Robinson
Tru com seus cabelos antes do corte forçado
Imagem: Reprodução Facebook/Denise Robinson

Em um comunicado à imprensa americana, a Little Heroes afirma: "Decisões a respeito dos cuidados pessoais são baseadas em uma série de fatores, incluindo higiene. Não podemos dar nenhuma informação sobre um indivíduo que é parte do programa por causa de leis federais e estaduais. Mas uma revisão das circunstâncias [do caso] está em andamento para determinar o que aconteceu e, se necessário, uma atitude apropriada será tomada". 

A Little Heroes é uma creche intensiva para garotos e garotas de idades entre 5 e 11 anos, segundo seu site, com "problemas sociais, emocionais, comportamentais ou de saúde mental". Ela é administrada pelo Justice Resource Institute, uma organização sem fins lucrativos que "oferece serviços ambulatoriais de saúde mental para comunidades carentes".