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Do meu jeito: noivas dispensam o branco e ousam nos vestidos de casamento

Do UOL, em São Paulo

02/09/2016 15h42

Chega de branco. Por ideologia ou estética, noivas trocam os tradicionais vestidos pálidos por outros coloridos e nada discretos. Segundo elas, embora muitas vezes a quebra de protocolo cause estranhamento nas famílias, a ousadia agrada a quem mais interessa: os noivos.

Elas disseram não ao branco

  • Arquivo pessoal

    Preto com pérolas

    "Minha mãe ficou escandalizada quando soube! Tentou me dissuadir mas, um dia depois, concordou que casar de preto era mil vezes mais a minha cara do que de branco. Estou sempre ou de preto ou de onça. Quis que o meu casamento fosse do meu jeito, inclusive no quesito vestido. Todo mundo ficou falando 'nossa, casando de preto, que original'. Me senti super bem", Paula Pfeifer, 34, escritora e empresária

  • Arquivo pessoal/Stephanie Clark 5th & Market Photography

    Vermelho minimalista

    "Eu sabia que não queria me casar de branco. Até porque considerei meu casamento mais como uma grande festa, não como uma cerimônia tradicional. Já fui dama de honra muitas vezes e sei o quão estressante é para a noiva ter que ir a várias provas de vestido até acabar com uma peça muito pesada e desconfortável. Como eu casei ao ar livre e no verão, queria um modelo em cor viva. Minha primeira escolha era o vermelho, porque adoro a cor e ela representa a bandeira do meu país, a Albânia. Para me destacar, pedi aos convidados que usassem apenas preto e branco", Denila Deliallisi, 29, engenheira civil, albanesa, que vive nos EUA

  • Arquivo pessoal

    Azul quase preto

    "Eu sempre gostei muito de azul. Uma vez passei por uma loja, vi o tecido, me apaixonei, comprei e o guardei por quatro anos, até me casar. Como sou muito branquinha, acho que eu ia parecer um fantasma se usasse um modelo tradicional, sem contar que nunca me vi casando de branco. A cerimônia foi à noite e quando entrei na igreja, as tias do meu marido quase enfartaram, pensando que o vestido fosse preto", Karina Cavalcanti, 37, dona de salão de beleza

  • Arquivo pessoal

    Vermelho dois em um

    "Quando eu tinha 12 anos, vi um vestido vermelho na Rua das Noivas (na região central de São Paulo) e me apaixonei. A partir daí, coloquei na cabeça que só me casaria se fosse de vermelho e assim foi. Tive muita dificuldade em encontrar um modelo na tonalidade e quiseram me cobrar até R$ 12 mil. Por fim, achei uma estilista perto da minha casa que fez um modelo dois em um. Entrei para a cerimônia com uma saia bolo e depois a removi para dançar a valsa, que na verdade foi um tango com golpes de jiu jitsu", Gabriela Ravanhani, 29, empresária

  • Arquivo pessoal

    Rosa

    "Essa coisa de casar como se fosse uma princesa virgem do século 19 não tem nada a ver comigo. Não sou princesa nem virgem e nem do século 19. Queria pertencer ao meu tempo e escolhi o rosa. Uma convidada até me pediu desculpas por estar igual a mim, mas como ela iria adivinhar, né? Não queria nada dentro dos padrões. Queria que fosse o nosso casamento, único. Meu avô fez a bênção. Ele era pastor evangélico e eu e meu marido somos agnósticos. Pra mim foi maravilhoso. Ele que foi casado com minha avó por mais de 60 anos. Gosto dessa coisa de rito de passagem", Ludmilla de Carvalho, 34, educadora musical