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Alguns diamantes brilham mais que outros; conheça a classificação

"O diamante é mais do que um item de luxo, é um milagre da natureza", diz Luciana Marsicano, diretora-geral da Tiffany no Brasil - Shutterstock
"O diamante é mais do que um item de luxo, é um milagre da natureza", diz Luciana Marsicano, diretora-geral da Tiffany no Brasil Imagem: Shutterstock

16/11/2016 17h58

Em “Os Homens Preferem as Loiras” (1953), a atriz Marilyn Monroe decretava: “os diamantes são os melhores amigos das garotas”. Hoje, eles podem até concorrer com outros objetos de desejo que a indústria da moda cria, mas certamente não perderam o seu lugar no imaginário quando o assunto é luxo. “Há outras pedras raras e valiosas, mas o diamante é ‘para sempre’ e não sai de moda porque é um mito”, afirma a joalheira Patricia Centurion, de São Paulo, em entrevista ao UOL.

“O diamante é mais do que um item de luxo, é um milagre da natureza”, diz Luciana Marsicano, diretora-geral da Tiffany no Brasil. “É uma gema difícil de ser encontrada e que necessita de condições de pressão e temperatura específicas, além de centenas de milhares de anos para ser criada”. Por tudo isso, é atemporal e eterno. “Ele ultrapassou épocas, tendências e continuará a ser a joia mais desejada.”

Para reconhecer um diamante de qualidade, a indústria de todo o mundo adota a especificação do Instituto de Gemologia da América (GIA, em inglês) baseada em quatro categorias-chave: lapidação, peso, cor e pureza. São os chamados “4 Cs”, em inglês: carat (quilates), cut (lapidação), clarity (pureza) e color (cor) que, combinados, determinam o valor de uma pedra.

O quilate é uma unidade de medida de peso que representa 200 miligramas. Um diamante de um quilate pesa, portanto, 0,20 gramas. Porém, mesmo que uma pedra tenha grandes dimensões, se “falhar” nas outras categorias, o seu valor poderá cair.

Na lapidação, a simetria perfeita e a precisão dos cortes são essenciais para evidenciar todas as qualidades e maximizar o brilho do diamante --por isso, somam pontos nessa equação. O grau de pureza da pedra se refere à presença (ou não) de manchas e imperfeições internas. A quantidade, tamanho e posição das imperfeições definem o quão puro ele é.

Classificação das cores dos diamantes - Reprodução/GIA - Reprodução/GIA
Imagem: Reprodução/GIA
A cor de um diamante é classificada por letras do alfabeto começando pela letra D e indo até o Z. As pedras de categoria D até o F são consideradas incolores e, por isso, são mais valiosas. Ou seja, quanto mais amarelo um diamante é, menos ele vale no mercado – que reconhece e admite "amarelamento" dos diamantes incolores até a tonalidade S da tabela.

No entanto, do S em diante, o diamante já é considerado amarelo e, portanto, passa a entrar na categoria dos diamantes coloridos, os "fancy" (fantasia). Dessa categoria, também fazem parte os diamantes de outras cores, como rosa, violeta, verde e azul.

“Há também pedras com tonalidades de marrom e preto que, graças à moda, vêm aumentando o seu valor de mercado”, afirma a geóloga e gemóloga Gracia Baião, consultora do Instituto de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).

Determinar a qualidade de uma pedra leva em conta tantas variáveis que dificilmente um leigo consegue fazer isso sozinho, de acordo com a especialista. “Principalmente no caso de joias com diamantes, onde a cor do metal pode interferir no brilho e tonalidade que a pedra adquire”, afirma a gemóloga. Para evitar que se leve “gato por lebre”, diz ela, o melhor é sempre adquirir a pedra preciosa de joalherias estabelecidas e exigir um certificado que ateste que se trata de um diamante e qual a sua classificação.