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Especialistas ensinam como lidar com os "nãos" em entrevistas de emprego

Levar um "não" na entrevista de emprego é duro, mas você pode aprender com isso - Getty Images
Levar um "não" na entrevista de emprego é duro, mas você pode aprender com isso Imagem: Getty Images

Por Gabriela Guimarães e Rita Trevisan

Colaboração para o UOL

16/11/2017 04h00

Para quem busca se recolocar no mercado de trabalho, passar por uma verdadeira maratona de entrevistas é cada vez mais comum. Há muita mão de obra disponível e a economia ainda não retomou o seu crescimento, de fato. No entanto, em vez de desanimar diante das negativas, o ideal é usar o conhecimento adquirido para garantir o emprego que realmente tem a ver com você.

Veja pelo lado bom

Não deixe que a sua autoestima fique abalada, simplesmente olhe a situação de um outro ângulo. Pense que cada processo seletivo pode trazer um novo aprendizado. É o momento em que você pode aproveitar para conhecer melhor o mercado, seus concorrentes e as competências que estão sendo exigidas na atualidade. “Quanto mais você conhecer sobre o funcionamento dos processos de seleção e sobre as entrevistas, mais poderá se preparar para as próximas oportunidades”, diz Mauro Félix, coordenador da Escola de Negócios do Centro Universitário Celso Lisboa.

Analise friamente

Outra orientação dos especialistas é não se deixar levar pela emoção e aceitar que a negativa indica apenas que você não era o candidato que mais se aproximava do perfil almejado por aquela organização, para aquela vaga em especial. Não significa que você não tenha aspectos técnicos e pessoais capazes de impressionar outros recrutadores, em outras companhias. “Em vez de pensar que não é bom o suficiente para a empresa que o recusou, tente considerar se aquela era realmente uma oportunidade interessante e se naquele trabalho você teria condições de realizar-se. Provavelmente, descobrirá que ‘não’”, afirma Victor Varandas, CEO, sócio e fundador da GoFinder, plataforma que divulga oportunidades de trabalho.

Peça um feedback

Sempre vale a pena pedir um feedback ao entrevistador, ao receber a mensagem de que não foi selecionado para a vaga. Pergunte quais foram os pontos decisivos para a escolha do profissional que foi designado para a função e se o recrutador poderia contribuir com as impressões sobre a apresentação que você fez. “Hoje em dia, cada vez mais as empresas estão preocupadas em dar essas devolutivas, que são muito importantes para o desenvolvimento das pessoas”, diz Fábio 

Mesmo se o retorno não vier, tente recordar quais foram os tópicos levantados na entrevista que geraram maior interesse por parte do entrevistador, acerca da sua formação ou experiência. Esses, provavelmente, são seus pontos fortes, que você pode tentar valorizar mais nos processos seletivos futuros. Por outro lado, se ele expressou reações negativas diante de algumas respostas suas, vale ficar atento e, talvez, pensar em reformular seu discurso, para causar uma impressão diferente.

Fuja dos erros comuns

Também é preciso fazer uma autoavaliação e ver se não está cometendo os mesmos equívocos, nas várias entrevistas de que está participando. A seguir, os especialistas citam os mais comuns:

- Atirar para todos os lados e se candidatar a vagas que não se enquadram em seu perfil;

- Não se preparar, não procurar informações sobre a empresa antes da entrevista;

- Falar muito e não responder à questão do entrevistador de forma objetiva ou, no outro extremo, ser monossilábico nas respostas;

- Não fazer perguntas ao entrevistador – o que demonstra desinteresse;

- Mentir ou omitir informações;

- Chegar atrasado;

- Falar mal do antigo emprego, empresa, gestor ou colegas.

Enquanto o emprego não vem...

A sugestão do master coach José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, é aproveitar bem o tempo livre, para criar novas oportunidades e aprimorar-se. Vale marcar encontros com amigos e conhecidos – incluindo ex-colegas – para fortalecer o networking, cadastrar seu currículo em novos bancos de vagas e em empresas, ler e atualizar-se. “Também existem diversos cursos gratuitos, que podem ser feitos online e que vão ajudá-lo a desenvolver novos conhecimentos e habilidades”, diz.    

Fontes: Fábio Procópio, coach de carreiras da Eureca! Mauro Félix, coordenador da Escola de Negócios do Centro Universitário Celso Lisboa. Regina Nogueira, coach. José Roberto Marques, Master Coach e Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching. Victor Varandas, CEO, sócio e fundador da GoFinder.