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Eficazes, tratamentos contra vasinhos garantem recuperação rápida

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Imagem: Arte/UOL

Carol Salles

Do UOL, em São Paulo

26/06/2013 08h00

Telangiectasia. O palavrão é o nome correto dos populares vasinhos, que, mais cedo ou mais tarde, todo mundo vai ter. Eles nada mais são do que pequenas veias, com calibre inferior a 1 milímetro, que dilataram. “Veias têm uma durabilidade que varia de pessoa para pessoa. Conforme envelhecemos, elas naturalmente dilatam”, explica o cirurgião vascular Pedro Puech Leão, coordenador do Centro de Tratamento de Veias do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP). Esses vasinhos representam apenas um problema estético, e existem tratamentos bastante eficazes para acabar com eles. Todos os procedimentos permitem o retorno às atividades habituais assim que é finalizado. Os médicos recomendam apenas que se evite a exposição solar por alguns dias, até desaparecerem eventuais crostas e inflamação local. Conheça agora quais são estes tratamentos.

Escleroterapia por meio químico
O que é: trata-se da injeção de substâncias químicas nas veias, com o objetivo de destruí-las. “Para isso, as substâncias injetadas causam uma lesão na parede interna dos vasos, gerando um espasmo local e uma pequena inflamação. Desta forma, o vasinho desaparece”, diz Celso Bregalda Neves, angiologista e secretário geral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Entre as substâncias que podem ser aplicadas, uma das mais comuns é a glicose hipertônica, que não causa alergia (ao contrário das outras, que podem causar reações alérgicas numa parcela pequena da população). Em alguns casos, podem ocorrer manchas pequenas, que podem ser tratadas.
Contraindicações: doenças sistêmicas severas (cardiopatias, hepatopatias, nefropatias, etc), trombose venosa superficial ou profunda recentes, infecção ou ferida no local que se pretende fazer a punção, obstrução arterial periférica.
 
Eletrocoagulação
O que é: punção com agulha que transmite uma onda elétrica de alta frequência no vasinho e no seu entorno. A onda provoca a queimadura e a coagulação do vaso, que é destruído e desaparece. Há formação de pequenas crostas, que podem levar de 2 a 3 semanas para se soltarem da pele. Também pode haver a formação de manchas, mais escuras ou mais claras que a pele. Este método é mais doloroso do que a escleroterapia química.
Contraindicações: exatamente as mesmas para o tratamento químico.
 
Fototermólise
O que é: destruição do vaso por meio de uma lesão causada por ebulição térmica. “O sangue absorve a luz com mais facilidade do que a pele, em determinados comprimentos de onda. Assim, uma quantidade específica de luz pode apenas aquecer a pele a uma temperatura tolerável enquanto, sob as mesmas condições, o vaso é aquecido até o ponto de ebulição”, explica o médico. Costuma causar mais dor que a escleroterapia química e por isso, geralmente, são usados dispositivos de resfriamento da pele para amenizar a sensação incômoda. “É a chamada crioanalgesia”, diz Pedro Puech Leão.
Contraindicações: as mesmas para os outros tipos de tratamento, além de pacientes de peles escuras ou bronzeadas, que podem absorver a luz e causar queimaduras e manchas.