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Lifting facial: saiba tudo sobre essa técnica, útil contra rugas e flacidez

Longe de ser uma "puxadinha despretenciosa", o lifting facial exige cuidados como qualquer outra cirurgia - Thinkstock
Longe de ser uma "puxadinha despretenciosa", o lifting facial exige cuidados como qualquer outra cirurgia Imagem: Thinkstock

Isabela Leal

Do UOL, em São Paulo

24/07/2013 08h00

Há algum tempo, era muito comum ouvirmos o comentário de que alguém teria feito “plástica no rosto”. Depois, veio a tecnologia e novas descobertas da medicina que mudaram a expressão para “fez só um lifting”. Afinal, o que mudou? O cirurgião plástico Rodrigo Mangaravite, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e autor do livro “O Que a Cirurgia Plástica Pode Fazer Por Você” (Editora 3R), diz que, na verdade, a cirurgia de rosto e o lifting facial são a mesma coisa. “O que mudou foi a técnica. Antigamente, só a pele era esticada, oferecendo um resultado artificial. Hoje, é feito um reposicionamento da musculatura e é retirado apenas o excesso de pele que sobra desse procedimento – o resultado é mais natural e duradouro”, fala o médico. Marcelo Moreira, do Rio de Janeiro, também membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica: “O lifting facial é uma cirurgia de rejuvenescimento da face, feita através do reposicionamento da pele e de estruturas profundas do rosto (como gordura e estruturas musculares), que devolve a harmonia perdida com o envelhecimento”.

Os riscos
Por conta da banalização de alguns procedimentos cirúrgicos, fazer um lifting tornou-se “uma puxadinha despretensiosa”, mas a realidade é bem diferente. “Não existe ‘puxadinha’, é uma cirurgia como qualquer outra, que requer ambiente hospitalar, suporte de CTI e exames diagnósticos, de laboratório e imagem”, diz Marcelo Moreira. Fora a questão de segurança para a saúde da paciente, há riscos também de resultados. “Dependendo do profissional, pode haver o risco de ficar com um aspecto artificial como, por exemplo, pele muito esticada, mudança no sorriso e rosto sem expressão”, afirma Rodrigo Mangaravite.

Anestesia
O lifting facial – cirurgia que, assim como a de nariz, ocupa a segunda posição na preferência das brasileiras, entre as estéticas de rosto, perdendo apenas para a de pálpebras, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – pode ser feito com anestesia geral ou local com sedação, vai depender do médico e da indicação da paciente. “A maioria é feita com anestesia local  e sedação. Mas alguns fatores podem levar à decisão de uma anestesia geral como, por exemplo, a preferência do cirurgião e/ou do anestesista e também da paciente, tempo de demora da cirurgia, idade do paciente, a existência de alguma doença pulmonar, e os pacientes muito ansiosos que possam dificultar a sedação”, declara o cirurgião plástico, Edilson Pinheiro, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Pós-operatório
Em grande parte, vai depender da reação do organismo da paciente, isto é, capacidade de cicatrização, de formar hematomas e tendência ao inchaço. Portanto, o tempo de retorno às atividades normais varia de acordo com cada um. “Outro fator importante, que vai determinar o pós-operatório, é o grau de flacidez da pele e, por isso, como foi realizada a cirurgia. O cirurgião pode indicar um “soft lifting”, onde é realizado o botox e o preenchimento juntos com complemento de um pequeno lifting facial para a retirada do excesso de pele; ou um lifting mais agressivo. A avaliação sobre cada caso é individual e muitas vezes a própria paciente não quer um procedimento mais agressivo, que vai exigir dois ou três meses de recuperação”, diz Edilson Pinheiro. De um modo geral, os especialistas consideram razoável um tempo de reclusão de duas a três semanas, sendo possível retomar a rotina depois deste período. A liberação para dirigir, tomar sol e praticar exercício físico vai depender da avaliação de cada médico.

As candidatas
O momento certo para fazer um lifting facial está relacionado à qualidade da pele, não da faixa etária. “A indicação acontece a partir de um conjunto de fatores, flacidez avançada, pele muito exposta ao sol sem proteção e pacientes fumantes. Há pacientes de 50 anos que se cuidaram tanto que nem têm indicação para cirurgia. Cada caso precisa ser analisado por um médico”, diz Marcelo Moreira. Para o cirurgião Edilson Pinheiro, com os recentes avanços da tecnologia como a toxina botulínica, os preenchedores faciais, o laser  e os aparelhos de radiofrequência de alta potência, além do conhecimento de que o sol em excesso e o cigarro envelhecem precocemente a pele; a tendência é adiar o máximo possível a cirurgia. “Ou fazer  um pequeno lifiting apenas para retirar o excesso de pele que ‘sobra’ em pequenas áreas. Porém, em algumas situações como, por exemplo, bochechas muito flácidas, vinco nasogeniano proeminente, bolsas volumosas na região das olheiras, excesso de pele na região da pálpebra superior, falta do contorno da região mandibular e flacidez do pescoço, um lifting facial completo é a melhor indicação”, declara Edilson.