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Alongamento de cabelo faz sucesso entre brasileiras; conheça as técnicas

Deborah Secco, Sophia Abrahão e Preta Gil são algumas das muitas famosas brasileiras adeptas do megahair - Divulgação e AgNews
Deborah Secco, Sophia Abrahão e Preta Gil são algumas das muitas famosas brasileiras adeptas do megahair Imagem: Divulgação e AgNews

Ciça Vallerio

Do UOL, em São Paulo

06/11/2013 19h56

A paixão das brasileiras por cabelão ajuda o megahair a ganhar destaque nos salões de beleza. Mas foram as atrizes, em busca de transformações rápidas para compor seus personagens, que impulsionaram a popularização do alongamento das madeixas. E são vários os motivos que levam as mulheres ao salão em busca de cabelos poderosos. Não ter de esperar meses ou anos para que os fios cresçam é um deles. Há também quem prefira ganhar reflexos com apliques em vez de descolorir os próprios cabelos. Outras têm cabelos finos e querem apenas mais volume. Mas a publicitária Juliana Puglisi Carvalho, de 33 anos, optou pelo aplique por causa da mudança que ocorreu com a gravidez.

“Depois que minha filha nasceu, meu cabelo caiu muito e ficou fraco”, conta Juliana. “Enquanto trato os fios, decidi colocar megahair para dar mais volume sem ter de esperar tanto tempo até que a aparência volte ao que era antes.” Pela praticidade, ela colocou tela, também conhecida por faixa, com adesivo (conheça as principais técnicas a seguir). Sob orientação da hairstylist do Spa Dios, Renata Souza, foi utilizado aplique com fios mais claros para poupar seus cabelos fragilizados de tintura.   

  • Leandro Moraes/UOL

    A publicitária Juliana Puglisi Carvalho antes e depois da colocação de um megahair para dar volume aos fios que ficaram finos e fracos após a gravidez

A produtora de TV Renata Motta, de 34 anos, enxergou no megahair a solução para ganhar cabelos longos e volumosos, pois seus fios constantemente descoloridos estavam quebradiços e não cresciam. Escolheu a técnica de cola de queratina, mas não se adaptou. “Talvez, isso tenha acontecido porque coloquei um grande volume de cabelo, além de mechas muito longas”, conta Renata. “Os dois primeiros dias foram muito incômodos para dormir com os apliques, tive dor de cabeça, sentia muita dificuldade para lavar e demorava muito para secar. Depois de três meses tive de fazer a manutenção para reposicionar os apliques, então resolvi tirar de vez.”

Sem abrir mão dos fios longos e volumosos, que tinha adorado, Renata ficou um tempo usando megahair com tic-tac para ocasiões especiais, como festas. Cansada do põe-e-tira, ela acabou investindo em outra técnica: a tela costurada, na qual são dados pontos com fios do próprio cabelo para fixar o aplique. “Esse alongamento não tem a aparência tão natural como a de queratina, mas para mim está sendo mais prático cuidar”, diz. “Incomoda um pouco para dormir, mas esse é o preço que se paga para ter cabelão.”

As principais técnicas
Cada cabeleireiro tem uma técnica preferida. Razão pela qual é difícil apontar qual é a melhor hoje. Renata Souza, do Spa Dios, por exemplo, praticamente abandonou a de queratina para focar na de adesivo. Após meses de teste, ela optou por usar tela de aplique bem fininha com adesivo por várias razões: a colocação é rápida (30 minutos); tem menos volume e, por isso, evita o risco aumentar o peso na raiz, que resulta em agressão ao couro cabeludo; reduz o desconforto para dormir e, de quebra, fica quase imperceptível ao ser tocada sob os cabelos.

“O segredo para não incomodar é aplicar a faixa na região da nuca. Aconselho também que sejam colocadas no máximo duas mechas adesivadas”, avisa Renata, que incrementou com essa técnica as cabeleiras da atriz Sophia Abrahão para a novela “Amor à Vida” (Rede Globo) e da cantora e apresentadora Preta Gil. A aplicação com uma ou duas telas de cabelos naturais sai por R$ 2 mil no Spa Dios.

A manutenção de megahair, essencial para a saúde dos cabelos e para garantir aparência discreta com o reposicionamento do aplique, varia conforme a técnica. No caso do adesivo, Renata aconselha a recolocar a faixa uma vez por mês (R$ 700) – momento em que a cola é trocada e se retiram os resíduos dos fios.

Os especialistas do Studio W, Maurício Moreira e Tatiana Carla, apostam mais na queratina. Apesar de trabalhosa, com sessões que podem levar mais de quatro horas, eles dizem que o efeito é mais natural, facilita a higienização, fica imperceptível ao toque e não agride os fios – isso quando essa técnica é aplicada por mãos experientes. O problema é o preço: a colocação das mechas com cabelo incluso (fios virgens, ou seja, sem procedimento químico; longos e loiros, por exemplo, são os mais caros), pode ultrapassar R$ 4 mil. Se for necessário fazer a tintura para igualar todos os fios, o valor sobe mais.

A manutenção da queratina no Studio W é realizada a cada três meses e sai entre R$ 700 e R$ 1 mil, quando há poucos ajustes, ou R$ 1.800, quando é necessário reposicionar todo megahair. Se a cliente decidir retirar os apliques, são cobrados R$ 500.   


Nilta Murcelli, proprietária da tradicional Nilta Cabeleireiros e Perucas e especialista em apliques há décadas, elege como sua preferida o entrelaçamento, também chamado de ponto americano: técnica que consiste em fixar a extensão de cabelos com os fios originais da cliente por meio de um ponto especial feito com uma agulha de tecer.

Para ela, a vantagem do entrelaçamento é a facilidade com os cuidados diários. “Pode fazer tudo, só não recomendo dormir de cabelo molhado para evitar que os fios se embaracem”, diz Nilta, que já aumentou a cabeleira das atrizes Maria Fernanda Cândido e Deborah Secco. A aplicação de cada extensão sai por R$ 80, mas não inclui o valor do cabelo natural, que varia muito de acordo com o tipo. A manutenção mensal sai por R$ 30 cada extensão.

Além destas técnicas citadas, existem ainda outras maneiras de aplicar megahair, cada uma com vantagens e desvantagens. A escolha depende das expectativas da cliente. Por isso o melhor caminho é avaliar com atenção cada uma delas para investir no serviço mais apropriado. Confira:
 
- Microlink: a união das mechas é feita com microanéis metálicos, que, com auxílio de um alicarte, são achatados para prender os fios. Os melhores são os forrados internamente com silicone, para que o cabelo não escorregue e se solte. A desvantagem dessa técnica é o peso das mechas, além de não ficarem tão discretas. O ponto positivo é que não usa nenhum tipo de cola ou fonte de calor.

- Amarração ou nó italiano: as mechas são mais grossas e presas com fibra elástica. O inconveniente do “amarradinho”, como também é conhecido, é que os nós formam pequenos caroços na cabeça e, portanto, correm mais risco de ficarem visíveis. Por fazer mais tração na raiz, pode agredir o bulbo capilar, enfraquecendo os fios e ainda causar dor na cabeça.  Esse tipo costuma ser mais usado em cabelos crespos.

- Laser e ultrassom: tratam-se de aparelhos que parecem uma pistola e servem para “derreter” a cola para fixar as mechas. Foram processos utilizados tempos atrás, mas praticamente abandonados pelos profissionais por causa da falta de regulagem, impedindo finalização mais perfeita.

 

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