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Sem espuma, em bálsamo e com óleos: xampus têm novas versões

Isabela Leal

Do UOL, em São Paulo

11/11/2013 08h00

Além de sua função principal  de limpar os fios e o couro cabeludo, as fórmulas dos xampus estão cada vez mais específicas, com benefícios de reter a cor, tratar o liso natural, prolongar o efeito da progressiva, manter a hidratação dos cachos, controlar o problema da ponta seca e raiz oleosa; tem até xampu para megahair.

Nada escapa ao olhar atento das marcas. Também pudera, um país com tantos biotipos e etnias resulta em uma vasta diversidade de estilos físicos que justifica tal gama. E é exatamente por que a indústria está afinada com as necessidades de cada tipo de cabelo que não param de surgir novidades.

De olho nessa nova safra, UOL Beleza selecionou três versões que podem ser úteis para a brasileira: as formulações que exploram os benefícios dos óleos vegetais, os xampus em bálsamo que, como o nome sugere, são levíssimos; e aqueles que fazem pouca ou nenhuma espuma, com suave poder de limpeza. Entenda a seguir como funciona cada um deles.

Xampus que contêm óleo
A função de um ou mais óleos na formulação de um xampu é principalmente amenizar o efeito agressivo dos detergentes, que são necessários para a limpeza. Mas com o auxílio de tecnologias de ponta, pode-se somar a essa propriedade os benefícios próprios de cada óleo como, por exemplo, o de melaleuca, para problemas suaves de couro cabeludo, como leve escamação e oleosidade; ou os de macadâmia, argan e ojon, para os cabelos ressecados ou coloridos que, por serem hidratantes, preservam a cor e a hidratação natural dos fios; e assim por diante. Os óleos podem vir microencapsulados ou diluídos diretamente na fórmula, isso vai depender do fabricante. De um modo geral, esses xampus tendem a ser mais hidratantes.

Para qual tipo de cabelo é indicado: Para os fios mais grossos e ressecados, mas que não possuem raiz oleosa nem problemas no couro cabeludo; os coloridos artificialmente e aqueles que sofrem regularmente com a ação do cloro e do sal. E, por fim, os xampus que contêm óleos equilibrantes – como jojoba e alecrim – podem ser usados em todos os tipos de cabelos.

Xampus em bálsamo
Essa versão tem uma textura bastante suave. Ele contém ativos de limpeza mais leves – cada marca utiliza um mix de substâncias com essa propriedade, em muitos casos são tecnologias exclusivas, por isso não tem como exemplificar aqui quais seriam esses ativos – e por isso é considerado um “tratamento que limpa”. Geralmente, quando o xampu tem essa característica, vem denominado na embalagem que ele é “creme”, “bálsamo” ou “balm”.

Para qual tipo de cabelo é indicado: Por ser mais leve, é adequado para cabelos e couro cabeludo sensíveis, assim como os fragilizados. É ideal também para os cabelos tingidos, pois não arrastam muito pigmento ao limpar; e para megahair, que requer uma limpeza de forma suave.

Xampus sem espuma
Como a versão em bálsamo, os xampus que fazem pouca ou nenhuma espuma promovem uma limpeza delicada, já que a fórmula não contém detergentes muito fortes, daí a baixa espumagem. Mas atenção: é importante alternar esse tipo de xampu com outro comum, que faz espuma – dessa forma fica garantida a limpeza efetiva do couro cabeludo, evitando assim oleosidade excessiva na região e o acúmulo de impurezas no bulbo. No Brasil, por ser um país de clima quente que favorece a transpiração do couro cabeludo, essa alternância é fundamental.

Para qual tipo de cabelo é indicado: Por não conter detergentes fortes, esses xampus são ideais para os cabelos cacheados que são os que mais sofrem com a baixa hidratação natural – assim é possível manter um bom nível de oleosidade espontânea. Os muito ressecados também se beneficiam com essa versão, pelo mesmo motivo.

Consultores: Marcela Passos, educadora da Kérastase; Camila Cerdeira, engenheira química da K.Pro; Viktor I, proprietário do Vimax Art Hair Beauty, de Curitiba e São Paulo; e Wilson Eliodorio, cabeleireiro de São Paulo