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Perfumaria alia sustentabilidade a novos elementos; veja lançamentos

Bianca Iaconelli

Do UOL, em São Paulo

29/03/2014 07h20

Mesmo que o universo dos perfumes possua uma vasta galeria de clássicos, a busca por novidades é um dos motores que faz esse setor estar sempre bem posicionado dentro do mercado da beleza. Nosso país é um bom exemplo disso: o Brasil é líder mundial no consumo de fragrâncias, segundo dados de 2012 da Abihpec (Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

E, ao mesmo em que temos o "J'Adore", perfume da marca francesa Dior, como um dos mais vendidos por aqui, também vemos surgir em larga escala perfumes produzidos em nosso território, assim como uma maior uma aceitação de produtos ligados a celebridades jovens, como cantoras, por exemplo.

Sustentabilidade
Como boa parte dos recursos usados na produção de uma fragrância são naturais, ainda mais quando vemos o mercado em busca de novas fontes, é impossível não questionar a sustentabilidade do mercado. "Acredito que a procura por novas frutas ou plantas reflete apenas a busca incessante por novidades para atrair compradores. Hoje uma empresa de perfume inteligente é aquela que trabalha suas áreas de mercado e sustentabilidade de maneira integrada", afirma Bérangére Magarinos-Ruchat, vice-presidente de relações sustentáveis da empresa suíça Firmenich, que se destina a estudar criações de aromas e fragrâncias.

Ela ainda acredita que saber que um perfume possui toda uma cadeia de produção equilibrada o torna mais atrativo para o público: "Os desenvolvedores entenderam que esse é um pensamento inteligente e um caminho para se inovar, pois há o avanço da consciência global e do retorno financeiro". A seguir, veja algumas apostas, para homens e mulheres, deste setor para 2014:

Femininos
Entre tantas novidades desse mercado, algumas se destacam como fortes tendências neste ano. Segundo Mariana Gonçales, gerente sênior de Marketing e Fragrâncias Finas da Givaudan, empresa francesa de estudo e produção de perfumes, uma das prioridades está voltada à feminilidade: "Vemos os lançamentos retratando a mulher de maneira mais clássica, feminina e não mais como menina jovem de antes".

Para cumprir essa função perante a mulher, novos componentes estão sendo explorados. "Dentro da família dos florais, destaco o uso das flores brancas. Se falarmos dos frutados, entram frutas que, até então, não despertavam tanto interesse dos criadores, como coco, manga, maracujá e melão, para substituir algumas que usávamos muito, como as vermelhas", conta Mariana. Para quem é fã das fragrâncias da família oriental, um destaque na mesma linha: "Elas vêm se tornando mais usáveis pois encontraram fórmulas fáceis, não tão pesadas e opulentas como antes".

Masculinos
De maneira geral, segundo Mariana, os homens não têm tantas designações quanto aos perfumes, pois costumam ser mais objetivos em seus gostos. "Para eles, percebemos a volta das colônias, porque elas também estão ficando menos agressivas. Suas notas estão menos verdes e mais frutadas, o que tira aquele aspecto de ser um cheiro característico dos homens mais velhos. Agora, as colônias estão leves e podem ser usadas sem medo pelos jovens". A reafirmação da masculinidade também vem à tona e um exemplo é a mais recente fragrância do ex-jogador de futebol David Beckham, batizada como "Classic", que substitui os antigos perfumes dele, que tinham uma faceta mais esportista e descolada, por este em que ele se apresenta como homem maduro e elegante.