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"O sexo passou de nota 7 para 10", diz mulher após 'rejuvenescer' a vagina

Tratamento não cirúrgico, a radiofrequência fracionada trouxe mais segurança para a corretora de seguros - Getty Images
Tratamento não cirúrgico, a radiofrequência fracionada trouxe mais segurança para a corretora de seguros Imagem: Getty Images

Adriana Nogueira

Do UOL

13/04/2017 04h01

Muito vaidosa, a corretora de seguros Isadora*, 54 anos, conta que não tinha nenhuma dificuldade sexual, mas estava incomodada com a aparência da sua vagina. Foi quando decidiu participar como voluntária, em um hospital público de São Paulo, de um tratamento experimental para a região íntima chamado radiofrequência fracionada microablativa (leia mais a seguir).

A seguir, ela conta sobre a decisão de se submeter ao procedimento.

“Sou casada há 31 anos e tinha uma vida sexual satisfatória antes de fazer a radiofrequência, mas estava incomodada com a aparência da minha vagina. Achava que estava enrugada demais. Tinha medo de fazer a cirurgia íntima, não pela operação em si, mas porque dizem que é como se a gente voltasse a ficar virgem. E, definitivamente, não tenho o menor interesse em reviver essa fase [risos]. Quando minha amiga falou dos benefícios do tratamento, e que não era cirúrgico, topei na hora. Foi maravilhoso! Por fora, a pele ficou mais lisa e, por dentro, eu me senti mais apertada. O sexo passou de nota sete para dez. Eu me senti mais bonita e segura, por isso acho que desenvolvi melhor a minha parte [risos]. No começo do tratamento, doeu muito, mas, depois que trocaram a pomada anestésica, ficou tranquilo. Fiz três sessões e, quando completar um ano da última, devo repetir, como manutenção. No início, como eu reclamava muito de dor, meu marido falava que eu estava doida, que era para interromper o procedimento. Depois, ele gostou bastante. Antes mesmo de acabar, ele achou que minha vagina estava mais bonita. E o sexo ficou melhor para os dois.”

* Nome trocado a pedido da entrevistada.

O que é a radiofrequência fracionada microablativa?

Segundo a ginecologista Marcia Farina Kamilos, do Hospital Heliópolis, na zona sul de São Paulo, diz que aparelhos de radiofrequência já vinham sendo usados no tratamento de acne e de lesões de pele precursoras do câncer da região íntima. A novidade é a utilização para a restituição funcional da vagina e da vulva.

Isadora participou de um grupo de pesquisa –para estudo dos resultados do uso da tecnologia para essa finalidade-- na instituição, que tinha Marcia e o também ginecologista Celso Luiz Borrelli como responsáveis.

O aparelho de radiofrequência emite ondas que estimulam os vasos sanguíneos, melhorando a circulação na região íntima.

De acordo com Marcia, apesar de se tratarem de estudos iniciais, observou-se resultados bastante parecidos com a ação de laser de CO², técnica já consagrada.

“O procedimento estimula a produção de colágeno e fibras elásticas, melhorando a elasticidade da pele da região íntima e também a lubrificação vaginal”, afirma a ginecologista.
Em geral, são necessárias três sessões, com intervalo de 30 a 60 dias entre cada uma.

O cirurgião plástico Wendell Uguetto, do Hospital Albert Einstein, também na capital paulista, fala que a principal vantagem deve recair sobre a acessibilidade do tratamento. Um aparelho de laser custa entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, o que encarece as aplicações. Já o de radiofrequência fica em torno de R$ 6.000 e R$ 30 mil.