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Usar tecnologia em excesso pode afetar a sua pele, veja 5 sinais

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Débora Lublinski

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/08/2017 04h00

Você nem se dá conta, mas passar o dia checando a sua timeline no Facebook, documentar a sua rotina com selfies no Instagram e acompanhar a sua série favorita na Netflix -- às vezes, até tarde da noite -- podem afetar a sua beleza. Veja cinco sinais de como a tecnologia em excesso pode estar prejudicando a sua pele:

Rugas no pescoço

Como são causadas: Batizadas pela imprensa americana de tech neck (pescoço tecnológico), elas marcam a pele como se fossem colares. A área, naturalmente delicada e sensível por ser muito fina e não ter glândulas sebáceas, fica ainda mais vulnerável graças à inclinação frequente da cabeça para baixo a fim de olhar o celular ou outro dispositivo. "Um estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, indica que mulheres a partir dos 29 anos já apresentam vincos nessa região. Segundo a pesquisa, o número de pacientes com rugas no pescoço vem aumentando", conta Claudia Marçal, dermatologista de Campinas (SP).

O que fazer: Quase sempre esquecida, até mesmo por quem cuida bastante do rosto, a pele do pescoço precisa de mais hidratação, utilizando cremes com ativos firmadores, antioxidantes e vitaminas. "Além disso, o ideal é erguer o smartphone até a altura dos olhos", aconselha.

Flacidez no rosto

Como é causada: Manter o rosto inclinado para baixo e para a frente também acelera o processo de flacidez da pele. "Nessa posição, o platisma, um músculo que contorna a linha da mandíbula e chega até a clavícula, perde o tônus. Isso deixa o pescoço e as maçãs do rosto flácidas, conferindo aparência caída e triste", explica Roseli Siqueira, esteticista e cosmetóloga de São Paulo. Essa mesma postura também contribui para o aparecimento da papada e das rugas que descem do canto da boca para o queixo.

O que fazer: Para prevenir, não fique com o celular sempre na mesma posição e alongue os músculos, especialmente os da cervical (atrás do pescoço), com regularidade. Roseli sugere ainda exercícios de ginástica facial, que devolvem o tônus ao platisma.

Manchas

Como são causadas: Diversos estudos já provaram que a luz visível e a radiação infravermelha também causam manchas no rosto. "Isso significa que a luminosidade e o calor emitidos pelos aparelhos eletrônicos também estimulam a produção de melanina, o pigmento da pele, podendo manchá-la", fala Iracema Bazzo, dermatologista de São Paulo. Além disso, há o aumento de radicais livres, moléculas que aceleram o envelhecimento.

O que fazer: Usar filtro solar até mesmo em ambientes fechados. Opte por produtos que tenham FPS maior que 30, filtro UVA na fórmula e cor de base, que garante proteção extra para evitar o melasma (mancha amarronzada que aparece nas maçãs do rosto, na testa e no buço). "Vale também usar o fone de ouvido para manter o rosto longe do celular e impedir que o calor se propague para a pele", sugere Iracema.

Olheiras

Como são causadas: Apesar de já se saber que as olheiras têm relação genética e hereditária, as manchas arroxeadas ao redor dos olhos podem aparecer ou piorar com o uso exagerado dos dispositivos eletrônicos. "A luz e o calor emitidos pelos aparelhos podem desencadear a pigmentação da pele", lembra Iracema. Roseli Siqueira levanta outra causa: "Como passamos muito tempo com o olhar parado, fixo nas telas, há menor irrigação de sangue na região. Isso leva ao escurecimento da área assim como prejudica a firmeza dos músculos ao redor dos olhos, causando flacidez nas pálpebras", explica.

O que fazer: Se afastar do celular antes de deitar. Não dá para esquecer da relação entre luminosidade dos eletrônicos com a insônia. Quem fica conectado até tarde pode acordar com olheiras simplesmente porque a luz artificial impede a produção de melatonina, hormônio que regula o sono.

Rugas ao redor da boca

Como são causadas: Mais associadas ao tabagismo, as rugas chamadas de código de barras, ou seja, linhas finas ao redor da boca, também podem aparecer por causa de outros movimentos repetitivos. É o caso do duck face, aquele biquinho típico das selfies. "A contração constante dos mesmos músculos vai tensionando e marcando a pele a longo prazo. Isso é ainda pior quando a pele é fina, clara e estiver desprotegida, sem o uso de hidratante", acredita Claudia Marçal. A mesma coisa acontece com as rugas na testa, o vinco entre as sobrancelhas e os pés-de-galinha -- essas marcas são mais prováveis em quem contrai os olhos repetidamente para enxergar melhor as letrinhas do smartphone.

O que fazer: Evitar fazer tantas caras e bocas e manter a pele sempre hidratada.