Ludmilla relembra racismo de apresentador: "a justiça é lenta pra caramba"
Depois de assumir seus fios naturais, Ludmilla decidiu também se posicionar sobre os episódios de racismo que, como Titi, já sofreu em público e no cotidiano. Em entrevista para a revista "Cosmopolitan" de dezembro, a cantora mostrou como enxerga seu processo de empoderamento e sua identidade como mulher negra.
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"Sofri muito preconceito. Sofro até hoje. Antes me dava tristeza, às vezes raiva, são vários sentimentos ruins juntos. E eu não sabia o que fazer: sofria algum racismo e ia pra internet, postava, um monte de gente comentava, mas não acontecia nada. Depois que aprendi como faz e o que se faz para punir esses racistas, denunciei todos”, explica.
Mas ela reclama da ineficiência da justiça para resolver casos como estes. “A justiça é lenta pra caramba. O processo contra o apresentador que me chamou de macaca nojenta e disse que meu lugar era comendo banana ainda está rolando. O foda é que eu tenho uma vida muito agitada, shows, eventos, turnê e tenho que ficar indo no tribunal. Mas dou um jeito e vou. Racistas não passarão”, finaliza.
Beleza natural
Para o ensaio da publicação, a cantora assumiu a textura natural de seus fios pela primeira vez. "Hoje minha ideia é poder ser livre, usar meu cabelo do jeito que eu quiser, e não ficar só refém de lace ou da trança. Eu não tinha cabelo, eu não saia da minha sala sem o mega hair com medo do meu irmão me filmar e depois ser zoada no grupo da família no WhatsApp”, ri.
"Aliso meu cabelo desde os sete anos. Quando era pequena, estudava em escola particular e todo mundo tinha cabelo liso. O meu era o único cabelo diferente, crespo, cacheado. E eu queria ter o cabelo igual o delas, eu ficava passando formol na cabeça”, relembra ainda a cantora.
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