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Conheça 3 peças clássicas que deixam o ambiente mais chique

Getty Images/ Divulgação/ Montagem UOL
Imagem: Getty Images/ Divulgação/ Montagem UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/01/2016 07h07

O lustre de cristal, o vaso de Murano e objetos de cristal Lalique são peças clássicas e embora sejam bem antigas, continuam sendo empregadas nas decorações contemporâneas devido a seus designs requintados e marcantes.

Para inspirá-lo a investir em um desses itens chiques, o UOL conversou com arquitetos e conta a seguir um pouco da história dessas três peças atemporais e de bom gosto. Conheça os detalhes de cada um e agregue sofisticação ao ambiente da sua casa.

 

Clássicos requintados

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    Lustre de cristal

    O lustre de cristal decora com sofisticação e nos últimos tempos vem sendo usado em lugares menos óbvios, como lavabos, halls de entrada ou dormitórios. "Nesse tipo de composição, o espaço ganha mais importância", diz o arquiteto René Fernandes. O lustre teve origem no rústico candeeiro suspenso, utilizado na Idade Média para iluminar os ambientes. Entre os séculos 17 e 18, por ser um material reflexivo, o cristal começou a ser empregado na produção de lustres, quando passam a ser tratados como "joias", adornando os mais importantes palácios. Nessa época, surgem peças lapidadas, esculpidas e gravadas, com vários braços e enfeitadas com pingentes, rosetas, estrelas, tigelas, prismas, punhais e flores-de-lis. Os lustres mais famosos eram provenientes da região de Bohemia, atual República Tcheca - tradicional produtora de vidros e de cristal que até hoje fabrica lustres completos assim como fornece elementos para a indústria especializada. Outro importante fabricante é a francesa Baccarat que, em 1827, apresentou uma coleção cortada e esculpida com peças preciosas, e em pleno século 21, continua a todo vapor manufaturando peças assinadas por designers famosos como Philippe Starck.

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    Vidro de Murano

    Os objetos feitos com vidro de Murano são fáceis de colecionar, ornamentam tanto projetos clássicos quanto contemporâneos e podem ser usados em qualquer espaço, da sala ao quarto. Murano é uma ilha localizada na costa de Veneza, na Itália, que no século 7 se tornou um importante ponto comercial de vidro soprado. A arte do vidro veneziano é resultado de laços muito estreitos com o Oriente Médio, em particular com a Síria, cuja vidraria, sofisticada e elegante, era conhecida na Idade Média. No século 14, a região de Veneza possuía pelo menos 12 fábricas de vidro e com o declínio da produção islâmica, se tornou líder na arte vidreira. Decoradas com esmalte colorido, as peças desenvolvidas em Murano faziam parte das demandas das grandes famílias, dos magistrados e até do Papa. No começo de 1900, o vidro da localidade encontrou seu caminho para a inovação. Nessa época, os fabricantes com mais perspicácia começaram a trabalhar com artistas e designers a exemplo da recém-fundada Cappellin & Venini, que em 1921, criou o papel de diretor artístico. Mas cuidado: há muitas falsificações. Os vidros de Murano são assinados, vêm com certificado de fábrica e como são produzidos artesanalmente, apresentam bolhas de ar assimétricas.

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    Cristais Lalique

    Em linhas geométricas e puras ou de inspiração naturalista, as peças moldadas pelo designer vidreiro francês René Lalique (1860-1945) são fáceis de se harmonizar à arquitetura de interiores contemporânea. "A composição fica atemporal", explica o arquiteto Leonardo Junqueira que costuma decorar mesas de centro, laterais e aparadores com peças clássicas. Versátil, René deixou vasta obra, de joias, perfumes, garrafas a vasos de vidro. Iniciou a carreira como aprendiz de artesão e joalheiro, e em paralelo, participou de aulas de técnicas de fabricação de joias na École des Arts Décoratifs em Paris. Em 1880, começou a utilizar o vidro em suas peças e após cinco anos, passou a ser reconhecido como joalheiro independente por grandes casas como Cartier e Boucheron. Apenas em 1921, Lalique fundou sua fábrica de vidros em Wingen-sur-Moder na Alsácia, uma região da França com forte tradição nesse tipo de material e de onde saíram não só objetos decorativos e joias, mas também adornos para veículos e recipientes para chocolates. Em 1925, a Exposição Internacional de Artes Decorativas em Paris marcou o ápice de Lalique como vidreiro, destacando-se como representante do movimento Art Déco.