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Pense para começar, reze para terminar: veja os dramas das reformas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

21/03/2016 07h01

Quem já fez reforma em casa sabe muito bem que este nunca é um momento fácil. Em meio a dezenas de decisões, muita coisa pode dar errado: de um problema com a mão de obra a estouros no orçamento, passando por serviços mal executados. Encontrar quem ficou de cabelo em pé e até perdeu o sono por causa de uma obra não é difícil. Leia algumas histórias emblemáticas de pessoas que após meses de muito drama, têm dicas preciosas para dar.

  • Leo Gibran/ Arte UOL

    Pedreiro folgado

    A obra no banheiro do apartamento de Marcelo Scandaroli, em São Paulo, começou de um jeito ruim. Foi a vizinha do andar de baixo que o avisou sobre a infiltração e a necessidade de reparos. Pegos de surpresa, ele e sua esposa tomaram o cuidado de contratar um pedreiro indicado por um amigo, mas isso não os livrou de problemas. "No começo parecia que tudo ia bem. Mas na segunda semana, o pedreiro começou a faltar ou, quando aparecia, só trabalhava algumas horas. Resultado: a obra que deveria durar duas semanas, levou um mês. Para piorar, ficamos com receio de tomar calote, porque pagamos tudo no início com cheques pré-datados. O cara levou os cheques para o banco, que antecipou o pagamento, e eu quase fiquei na mão. Tivemos que ameaçar processá-lo, para que concluísse a empreita", recorda sem saudades. A dica que Marcelo dá para quem vai reformar é: sempre firme um contrato formal e faça o pagamento dos trabalhadores de acordo com a conclusão de cada etapa combinada.

  • Leo Gibran/ Arte UOL

    Haja paciência!

    A reforma que Sonia Marini fez em sua casa, no interior de São Paulo, parecia ser simples: o único desejo era substituir o piso original de ardósia por um porcelanato mais moderno. Mas quando o assunto é reforma, não há caminho fácil. A obra, que durou quase três meses, obrigou a moradora e seu marido a encaixotarem seus pertences, conviverem com a poeira da obra e, até mesmo, a cozinharem na sala. Mas esses nem foram os maiores problemas. "Duro mesmo foi ter que ficar em cima dos pedreiros para que tudo saísse como desejado. A troca dos rodapés foi uma novela e as soleiras instaladas não tinham a inclinação necessária, exigindo correção", conta. O conselho que Sonia dá para quem está iniciando uma reforma é: "Tenha muita paciência e disposição para acompanhar tudo bem de perto".

  • Leo Gibran/ Arte UOL

    Bens estragados

    A obra que deveria durar seis meses, mas que levou quase o dobro para ser concluída deixou Ronaldo Escobar de cabelo em pé. A reforma do apartamento com 200 m², em São Paulo, foi feita com ele morando na residência. "Estar perto da obra ajudou a controlar o trabalho, mas não evitou desgastes. A comunicação com os pedreiros era difícil. A impressão que eu tinha era a de que eles não entendiam o que eu estava dizendo", lembra. Mas o mais chato, segundo Escobar, foram as perdas provocadas pela bagunça, apesar de todos os cuidados tomados, como a proteção dos móveis com lonas plásticas. Por descuido, tapete, cadeiras e até o forno de micro-ondas ficaram estragados e não foram reembolsados. A dica de Ronaldo? "Se for reformar, contrate um bom arquiteto para auxiliar no gerenciamento e programe-se para desocupar o imóvel durante o processo.

  • Leo Gibran/ Arte UOL

    Eu desisto!

    Desde pequena, Daniella Castelucci conviveu com reformas na casa dos pais. Por isso, quando precisou reformar seu primeiro imóvel, já casada, achou que seria tranquilo. "Não seguir os conselhos que eu mesma sempre dava aos outros acabou nos trazendo prejuízos enormes", conta Daniella, que perdeu muito tempo e dinheiro com a contratação da mão de obra ineficiente. "O pedreiro não seguiu o desenho, fez paredes tortas e estragou uma parte do telhado. Os problemas foram tantos que tivemos de dispensá-lo, mesmo tendo pago um polpudo adiantamento", lembra. Com isso, o orçamento estourou tanto que tornou a reforma inviável: "Não valia mais a pena pelo que teríamos de gastar para concluir como queríamos. Então interrompemos o projeto, vendemos a casa como estava e compramos um imóvel novo". Depois dessa experiência, Daniella aconselha: "Se você conhece um pedreiro bom e honesto, grude nele! Não se arrisque com quem não tem competência".