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Estúdio de arquitetura propõe "casa pré-nupcial", que se separa como parte do divórcio

A "casa" pré-nupcial conta também com uma versão flutuante - Estudio OBA
A "casa" pré-nupcial conta também com uma versão flutuante Imagem: Estudio OBA

Analía Llorente

26/09/2016 09h51

Um estúdio holandês de arquitetura criou o que pode ser uma solução para disputas de divórcio ou mesmo uma resposta para a necessidade de mais espaço quando a família aumenta: uma "casa pré-nupcial", que tem a capacidade de se dividir e de receber mais módulos.

A ideia é do estúdio OBA, com sede em Amsterdã. O fundador do estúdio, Vincent Ringoir, de 23 anos, disse à BBC Mundo que a inspiração veio do famoso jogo de computador Tetris, no qual os usuários precisam encaixar peças de formatos diferentes que caem do alto da tela.

Ringoir explica que a casa é composta de duas unidades que ocupam um total de 108 m² e que podem ser separadas, pois existe a possibilidade de instalar de forma "fácil, rápida e barata" outro quarto e/ou outra cozinha à unidade que ficar desprovida. O mesmo se dá com o banheiro.

Vincent Ringoir disse que interesse por projeto está crescendo - Estudio OBA - Estudio OBA
Vincent Ringoir disse que interesse por projeto está crescendo
Imagem: Estudio OBA

A ideia original foi de Omar Kibri, um profissional de relações-públicas amigo de Ringoir e que trouxe ao estúdio a proposta de comprar uma casa com a namorada e ter a possibilidade de dividi-la."Foi aí que desenvolvemos o desenho da que pode se partir em dois", explica Ringoir.

A "casa pré-nupcial" prevê, também, uma versão flutuante, algo que pode ser bastante útil para a Holanda, não apenas por causa da grande quantidade de habitações em seus canais, mas pelo fato de ser um país em que a taxa anual de divórcios é de 43%. No caso das habitações para água, cada unidade tem flutuadores independentes em caso de desmembramento.

A casa é formada por blocos como o do jogo "Tetris" - Estudio OBA - Estudio OBA
A casa é formada por blocos como o do jogo "Tetris"
Imagem: Estudio OBA

Para que flutue com desenvoltura, a casa deve ser construída com fibra de carbono e madeira. Mas o maior desafio, segundo Ringoit, é que ela tenha identidade visual própria quando conectada e que mantenha a estética individual quando separada. Ainda no papel, a moradia tem início de produção prevista para fevereiro de 2017. Ringoir não confirmou o preço, mas assegurou que a casa "não será cara".