Bienal de Arquitetura Latino-Americana homenageia o Brasil

Newton Santos/Hype
Vista aérea do edifício Itália (à esq.) e edifício Copan, no centro da cidade de São Paulo (24/08/2010) Imagem: Newton Santos/Hype

De Pamplona, na Espanha

16/04/2013 12h02

A arquitetura brasileira será a protagonista da terceira edição da Bienal de Arquitetura Latino-Americana 2013 (BAL), que acontece desta terça-feira até 19 de abril na Universidade de Navarra.

O diretor de pós-graduação da Escola de Arquitetura da Universidade de Navarra, José Manuel Pozo, detalhou que, além do Brasil, participarão do evento, "jovem e muito casual", estudos de arquitetura de México, Chile, Peru, Argentina, Uruguai, Paraguai e Equador.

O encontro de jovens profissionais mostrará em uma série de conferências o trabalho das equipes de arquitetos latino-americanos que foram selecionados para essa edição da bienal.

Os dois anos anteriores foram dedicados à Argentina e ao Chile, e a reunião deste ano homenageia o Brasil, cuja arquitetura "sempre assusta um pouco por suas dimensões, em sintonia com o (tamanho do) país que a acolhe", comentou à Agência Efe José Manuel Pozo, membro da organização do evento.

O Brasil, afirmou Pozo, "é um território imenso e a resposta razoável" do ponto de vista arquitetônico "também precisa ser dessa dimensão".

Trata-se, disse, de uma arquitetura que, em relação à europeia, "tem algumas grandes vantagens", como um clima menos adverso e por isso "pode responder com muito menos preocupações" a questões como o isolamento dos prédios e o uso das janelas.

Pozo ressaltou que, em geral, as construções brasileiras "são descomunais, de dimensões que fazem com que seja uma arquitetura muito atraente", sobretudo neste momento, quando o Brasil tem "grandes possibilidades econômicas".

Essa boa fase econômica, associada aos próximos grandes eventos como os Jogos Olímpicos de 2016, fizeram com que o Brasil embarcasse na "regeneração de grandes espaços de território muito maltratados em anos de crescimento em um autêntico turbilhão nas décadas anteriores".

O especialista analisou que o grande crescimento econômico brasileiro, embora positivo em muitos aspectos, provocou problemas em cidades como Rio e São Paulo, especialmente em relação à saturação do espaço e às condições de trânsito "extremamente desumanas".

Por isso, continuou Pozo, as autoridades brasileiras "estão lutando para 'arejar' a cidade, criar zonas de parques muito mais habitáveis. Estão aproveitando a bonança econômica para tentar regenerar as cidades e estão fazendo operações muito interessantes" de recuperação urbanística, defendeu Pozo.

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