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Paisagismo e equipamentos para relaxar criam piscinas idílicas

A cascata rústica foi construída com pedras e tem projeto assinado pelo paisagista Luiz Carlos Orsini - Divulgação
A cascata rústica foi construída com pedras e tem projeto assinado pelo paisagista Luiz Carlos Orsini Imagem: Divulgação

Juliana Nakamura

Do UOL, em São Paulo

08/01/2013 07h02

Muito mais do que reservatórios de água limpa onde é possível se refrescar e nadar, as piscinas vêm se tornando verdadeiros centros de lazer capazes de proporcionar horas de relaxamento e entretenimento domésticos. Acessórios como luzes coloridas, equipamentos massageadores e cascatas, além de mobiliário mais sofisticado permitiram essa mudança de status. Além disso, revestimentos mais interessantes e projetos em sintonia com o paisagismo transformaram a área da piscina em ambientes mais idílicos e únicos.

De acordo com o paisagista Luiz Carlos Orsini, há um movimento em direção à valorização do bem estar, do prazer e da descontração. Até porque são cada vez mais raros os momentos de deleite disponíveis. Por isso, segundo ele, não importa se a piscina é grande ou pequena, simples ou sofisticada. O fundamental é que ela seja convidativa.

A piscina perfeita

Para conseguir tal efeito a primeira regra é planejar, observando principalmente o local onde a piscina se insere. Os arquitetos Fernando Forte e Rodrigo Marcondes Ferraz, sócios do escritório FGMF, recomendam observar a maneira como a piscina se relaciona com o jardim, com as construções e com o sol, de forma que ela fique sempre ensolarada.

No projeto da piscina, podem ser contempladas áreas com profundidades diferentes, apoios, pequenas praias, decks molhados e até espaços para hidromassagem. A criação desses diferentes ambientes dentro da água pode ser explorada nos projetos, ainda que haja pouco espaço. De acordo com o arquiteto Aquiles Kílaris, uma boa opção é a piscina mais rasa para espreguiçadeiras ou os chamados barzinhos aquáticos, que têm espaço para apoiar um drink na borda.

Também, ainda na prancheta, cabe cogitar formas diversas para a piscina, orientadas pelas características do terreno e do imóvel. Formatos curvos e orgânicos, que acompanham a geografia do lote e a arquitetura existente são, atualmente, os preferidos. A borda infinita também tem sido utilizada em projetos contemporâneos como um recurso para valorizar a integração entre o tanque e a paisagem. Mas só é indicada nos casos em que a edificação fica em um ponto mais elevado no terreno em relação aos arredores.

Revestimentos e acessórios

Para cobrir a piscina há uma infinidade de opções de revestimentos indicados para áreas molháveis, desde pedras, azulejos, pastilhas cerâmicas (esmaltadas ou não), tesselas de vidro e revestimento vinílico. Na hora da escolha é importante buscar produtos que atendam a exigências específicas como resistir a variações de temperatura, à exposição aos produtos químicos de tratamento da água e à exposição prolongada aos raios ultravioleta.

A borda, exposta constantemente ao sol, necessita de material atérmico e antiderrapante. Para essa área, algumas indicações são as pedras mineira e são tomé, além dos revestimentos cimentícios que não aquecem ao sol. Para os decks, mais uma vez é importante escolher um material durável, com propriedades antiderrapantes e boa resistência à umidade e à insolação. Madeiras nobres e previamente tratadas são as soluções mais utilizadas, mas também há porcelanatos, cimentícios e plásticos, produzidos a partir de materiais reciclados.

Ambiente hedonista

Não apenas o revestimento, mas tudo o que está no entorno da piscina é importante para criar uma ambientação agradável e especial. Isso vale para o mobiliário, que deve estar em harmonia com as cores e acabamentos dos pisos. “Também é fundamental um paisagismo bem integrado preferencialmente com vegetação que remeta aos trópicos”, acrescenta Orsini.

O paisagista recomenda ainda tomar cuidado com os modismos: “Afinal, muitas tendências vêm e vão. É preciso pensar em formatos e acabamentos atemporais, que não perdem o brilho com o passar dos anos”, argumenta.

É possível incrementar ainda mais a experiência de lazer e relaxamento com o uso de acessórios como cascatas, duchas, saunas, aquecedores movidos a energia solar, luzes para cromoterapia, etc.. Eduardo Santos, gerente da unidade da Doutor Resolve em São José do Rio Preto (SP), conta que, entre as novidades, estão os laminares, que são arcos uniformes de água em movimento suave, que iluminam a piscina com LEDs em diferentes cores, formas e alturas.

Instalados próximos à borda, em qualquer linha de retorno de água, tais estruturas funcionam, ao mesmo tempo, como cascata e iluminação. Eles são equipados com um alojamento em ABS, para fácil acomodação na superfície de um deck ou ao redor da piscina.

  • Divulgação

    Robot XT5, da Sibrape Pentair, ajuda na manutenção das piscinas

Manutenção e sistemas de tratamento

A piscina deve contar com um sistema de filtragem e tratamento de água eficiente. Para isso é possível usar o tradicional cloro ou tecnologias que empregam o ozônio, os raios ultravioleta ou a ionização:
 
- O cloro evita o desenvolvimento de algas e bactérias, porém provoca o ressecamento da pele, irritação em olhos e deixa um odor forte. Esse tipo de tratamento é de baixo custo, mas necessita de acompanhamento e correção frequentes dos parâmetros da piscina (PH, alcalinidade, etc.).
 
- A ionização ocorre através de equipamentos que emitem íons de cobre e de prata (metais pesados) para desinfecção da água. O método não produz cheiro, mas não elimina o uso de cloro, embora diminua drasticamente a quantidade. Em geral, consome menos energia que o equipamento para tratamento por ozônio, que é um sistema sem riscos ao organismo, utilizado na purificação de água potável. A ozonização tem ação germicida e oxidante, porém não gera residual ativo que garanta proteção da água contra contaminação quando o equipamento é desligado. Assim, a desinfecção é feita somente na água que é bombeada.
 
- Há, ainda, o tratamento por luz ultravioleta, que esteriliza a água que passa pela lâmpada matando algas, vírus e bactérias. Trata-se de um sistema eficaz e sem riscos ao organismo, que deixa a água sem odores e gosto. Mas, assim como o ozonização, a desinfecção é feita somente na água que é bombeada. Com o tempo, a sujeira e gordura impregnadas na lâmpada, diminuem sua eficiência sendo necessárias limpezas periódicas.
 
Independente do modo de tratamento escolhido, para quem não tem muito tempo para cuidar da piscina, pode ser interessante investir em robôs "faxineiros". Debaixo d'água, esses equipamentos varrem, aspiram e filtram a sujeira. Alguns modelos inclusive escalam as paredes da piscina, ultrapassando o limite da água, limpando até a borda.