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Redes e cadeiras suspensas dão charme ao "cantinho do relaxamento"

A cadeira suspensa Bubble Chair, um clássico do design, foi criada em 1968 pelo finlandês Eero Aarnio - Divulgação
A cadeira suspensa Bubble Chair, um clássico do design, foi criada em 1968 pelo finlandês Eero Aarnio Imagem: Divulgação

Juliana Nakamura

do UOL, em São Paulo

21/03/2013 07h00

Lúdicas e despojadas, redes de descanso e cadeiras suspensas são cada vez mais utilizadas por arquitetos e decoradores, seja em ambientes internos, seja em áreas externas. Graças ao agradável balanço que proporcionam, as peças têm sido empregadas quando se quer criar um cantinho de relaxamento, ao passo que a ampla variedade de matérias-primas disponíveis as tornou mais flexíveis e ajustáveis a diferentes decorações, das mais rústicas às mais sofisticadas.

“Utilizo muito as redes e poltronas suspensas em áreas de varanda, principalmente em projetos de casas de campo e de praia. A maioria dos clientes adora e usa o recurso, inclusive, para o entretenimento das crianças”, conta a arquiteta Silmara Salvetti.
 
No caso das cadeiras suspensas, há modelos nacionais e importados de fibras naturais, acrílico e até estofadas. O arquiteto Filipe Troncon, do escritório Suite Arquitetos, lembra que as peças de fibras costumam ir bem em locais mais descontraídos. Em compensação, em ambientes com uma pegada mais contemporânea, as cadeiras de acrílico são mais indicadas, especialmente quando têm design mais refinado.
 
Produzidas em diferentes tipos de tecidos, do algodão à lona, as redes, por sua vez, ainda mantêm uma aura de produto artesanal, em especial quando incorporam franjas, bordados e rendas. Por isso mesmo, elas acabam se adequando melhor às decorações informais, como em casas de veraneio. “As redes podem ser utilizadas em dormitórios, áreas externas e até em livings. Só é preciso ter cuidado para que a peça não tire a função de outros móveis presentes no ambiente”, alerta a consultora de decoração Nádia Guimarães.
 
Nada entulhado, tudo em harmonia
 
Com grande impacto visual, redes e cadeiras suspensas demandam o respaldo de um planejamento mínimo que considere a área disponível para sua instalação e a interação com os demais elementos decorativos. Dispor de espaço para que a peça possa balançar livremente é um pré-requisito importante e vale lembrar que as redes podem chegar a quatro metros de comprimento, de acordo com o modelo. 
 
Também é necessário verificar se há compatibilidade entre o material que compõe o elemento e o local da colocação. Isso vale principalmente para áreas externas, sujeitas às intempéries. “Para ter uma rede sempre linda, o ideal é não deixá-la a mercê do tempo e recolhê-la após o uso”, sugere Salvetti. Mais difíceis de serem removidas, as poltronas suspensas devem ser instaladas em lugares protegidos e costumam exigir manutenção simplificada: basta uma limpeza periódica que respeite as características do material/tecido. Na maioria das vezes, pano úmido é suficiente.
 
Cuidados na instalação
 
A forma mais usual de instalar redes é por meio de ganchos metálicos presos a paredes com buchas, em estruturas de madeiras e, até mesmo, em tronco de árvores. “A instalação de uma rede requer suportes próximos o suficiente para que o equipamento conserve-se suspenso, mas não tenso. Caso contrário a peça perde o sentido e fica esticada, sem movimento”, ressalta Guimarães.
 
Já as poltronas suspensas podem ser fixadas diretamente na laje ou em vigas (de concreto ou aço) por meio de ganchos metálicos e correntes. Alguns modelos prevêem, ainda, o uso de uma coluna como apoio complementar para o móvel. Consulte um arquiteto ou engenheiro para saber se o material que receberá o gancho suporta a tração causada pela peça.
 
Nos dois casos, porém, é importante que o consumidor observe a capacidade máxima de carga suportada pelo produto. Também é necessário certificar-se de que a instalação foi realizada conforme as orientações do fabricante, sobretudo em relação aos tipos de fixadores a serem usados, à altura e à distância entre os ganchos, no caso das redes. Para as de casal, normalmente recomenda-se uma distância entre ganchos de 3,25 m. Essa medida cai para 2,60 m se o equipamento a ser pendurado for de solteiro.