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Manutenção correta aumenta a vida útil dos móveis de fibra; veja como fazer

Coloque as peças de fibras naturais em locais cobertos, protegidas das intempéries - Getty Images
Coloque as peças de fibras naturais em locais cobertos, protegidas das intempéries Imagem: Getty Images

Karine Serezuella

Do UOL, em São Paulo

17/01/2015 09h00

Em áreas externas de lazer, como piscinas, jardins e varandas, é comum o uso de móveis estruturados em fibras, sejam elas naturais ou sintéticas. Um par de poltronas, espreguiçadeiras ou um sofá fabricado com esses materiais trazem, sem dúvida, charme e um toque rústico ao ambiente. Mas você sabe como manter tais peças sempre bonitas e conservadas? O UOL Casa e Decoração elenca dicas de limpeza e manutenção recomendadas por especialistas e mostra que com simples cuidados regulares, seus móveis em fibras podem durar por décadas.

Fibras naturais

- Qualquer que seja a fibra natural que compõe a peça (junco, vime, bambu, ratã, apuí, entre outras), os procedimentos de limpeza são similares. Regra básica: tire o pó dos trançados, semanalmente ou, no máximo, a cada 15 dias.

- Para essa limpeza periódica, use uma escova de cerdas macias ou uma flanela, sempre secas. Se seu móvel apresentar o acúmulo de fiapos entre as tramas, opte pela escova, porque o pano pode enroscar nessas irregularidades do material.

- No caso do aparecimento de manchas, fungos ou mesmo de poeira incrustada, higienize as fibras com o auxílio de uma escova de cerdas flexíveis ou um tecido macio umedecido em uma solução de água e sabão neutro. Os movimentos devem ser suaves e manter-se no sentido das fibras, nunca de forma circular. Em seguida, enxugue a trama com uma flanela seca e mantenha a peça à sombra, em local ventilado, para que a umidade evapore por completo.

área de lazer projetada por Selma Tammaro - Divulgação/ Selma Tammaro Arquitetura - Divulgação/ Selma Tammaro Arquitetura
Móveis de fibras sintéticas podem ficar em áreas descobertas
Imagem: Divulgação/ Selma Tammaro Arquitetura

- As sujeiras acidentais devem ser removidas imediatamente, seguindo o mesmo procedimento citado acima.

- Nunca lave ou molhe as fibras naturais que estruturam o mobiliário, porque o contato com a água em excesso pode danificar o material, assim como a exposição ao sol ou ao calor intenso tende a acarretar manchas. Dessa forma, apesar de serem feitas para áreas externas, recomenda-se que essas peças sejam colocadas em locais protegidos das intempéries. “Se bem cuidado e se for de boa qualidade, o móvel pode durar mais de 20 anos. Eu mesma tenho em minha casa duas poltronas que têm essa idade”, conta a arquiteta Selma Tammaro.

Fibras sintéticas

- Diferente do mobiliário em fibras naturais, os móveis em fios sintéticos podem ficar em áreas descobertas, por isso, tendem a sujar com maior frequência e esse acúmulo de impurezas sobre o material é capaz, com o passar do tempo, de ressecar e partir as fibras. Portanto, o ideal é limpar as peças semanalmente, usando uma escova com cerdas macias molhada em uma mistura de água com sabão neutro. Na sequência, deixe os móveis secarem naturalmente à sombra.

- Durante a higienização de sintéticos, respeite também o sentido das fibras e nunca aplique força demasiada para não comprometer a superfície do trançado.

- Apesar de serem resistentes à chuva, ao sol e ao cloro da piscina, os móveis em fibras sintéticas podem sofrer pequena alteração de cor (clarear ou amarelar) quando expostos às intempéries ou à água clorada por prolongados períodos. Para evitar tais danos, proteja-os com capas especiais para áreas externas sempre que estiverem fora de uso. Se bem tratadas e protegidas quando não utilizadas, tais peças podem se manter "novas" por muitos anos.

Produtos vetados

- Na higienização tanto de fibras naturais quanto sintéticas, nunca utilize lavadoras de alta pressão, pois a força da água pode deformar a estrutura do móvel. Produtos abrasivos ou químicos como álcool, alvejante e solvente, também são proibidos, já que o uso dessas substâncias tende a ocasionar o clareamento, ressecamento e, por consequência, a quebra das fibras.

Fontes: Adriana Scartaris, designer de interiores, Leandro Queiroz, diretor comercial da Amazonia Móveis e Selma Tammaro, arquiteta.