Topo

Os prós e contras dos aquecimentos elétrico ou a gás para chuveiros

Getty Images
Imagem: Getty Images

Juliana Nakamura

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/06/2016 07h00

A escolha do sistema de aquecimento de água para o banheiro impacta tanto no conforto dos moradores, quanto no gasto diário de água e energia. A maior parte dos imóveis utiliza chuveiro elétrico (mais comum) e, em seguida, vêm os a gás (geralmente de passagem). Mas quem está reformando pode aproveitar a oportunidade para migrar de um sistema para outro. A seguir, o UOL indica os prós e contras de cada tipo para facilitar sua escolha.

Chuveiro elétrico

Aspectos positivos
  • Instalação simplificada e rápida: qualquer pessoa com um mínimo de treino pode instalar um chuveiro elétrico.
  • Baixa manutenção: demanda limpeza esporádica e substituição da resistência (em caso de queima).
  • Consumo de água mais baixo: o gasto médio é 4 litros por minuto.
  • Fácil manuseio: basta abrir e fechar o registro para ajustar o fluxo e a temperatura da água.
  • Acessibilidade: o preço varia em função do modelo, mas é possível comprar aparelhos simples a partir de R$ 30.
  • Aquecimento rápido da água.
Aspectos negativos
  • Vilão doméstico no consumo de energia: o chuveiro elétrico é responsável por 24% da conta de luz em uma casa com quatro pessoas, conforme dados do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Embora tenha custo de instalação baixo, o consumo de eletricidade ao longo do tempo é alto, assim o emprego de um sistema a gás, solar ou híbrido pode compensar.
  • Conforto intermediário: dependendo do modelo escolhido e da pressão d'água, a vazão pode ser baixa, comprometendo o conforto do banho. Grande parte dos modelos tem consumo de 3 a 6 litros por minuto.
Vale considerar
  • A instalação de um chuveiro elétrico requer infraestrutura mínima, que inclui fiação com capacidade compatível com o aparelho e aterramento para evitar choques.
  • Para quem se preocupa com o meio ambiente, uma boa escolha são os chuveiros híbridos, que funcionam com energia solar e elétrica.
  • Faça as contas: os equipamentos têm gasto proporcional à sua potência. Modelos de 4500 W, por exemplo, gastam em média 72 kWh/mês. Um de 8500 W consome por volta de 88 kWh/mês. Chuveiros mais potentes são indicados apenas para regiões mais frias.

Aquecedor doméstico de passagem elétrico

O aquecedor elétrico de passagem  tem em comum com o chuveiro usual a alimentação por eletricidade, mas funciona como um aquecedor central: sua potência é suficiente para fornecer água quente para outros pontos como torneiras mas, ao contrário do aquecedor de passagem a gás (saiba mais abaixo), não demanda misturadores e aquece a água rapidamente. 

Aspectos positivos

  • Facilidade e bom custo de instalação, que pode ser feita diretamente no banheiro, deixando livre o espaço na área de serviço.
  • Aquecimento de multiplos pontos, tanto chuveiros como torneiras.
  • Dispensa extensas tubulações de cobre.
  • Baixa manutenção e alta durabilidade.

Aspectos negativos

  • Custo de abastecimento elevado: o consumo de energia supera o dos chuveiros elétricos comuns. 
  • Requer instalação elétrica dimensionada corretamente.

Aquecedor doméstico de passagem a gás

Aspectos positivos
  • Conforto 5 estrelas: maior vazão de água quente, ou seja, banho mais prazeroso.
  • Abrangência: o aquecedor pode ser utilizado simultaneamente em vários pontos da casa, de chuveiros a torneiras.
  • Segurança: equipamentos modernos contam com uma série de dispositivos de segurança, como o corta-gás, que minimiza o risco de incêndio e intoxicação.
  • Alta durabilidade: em média, 15 anos.
  • Econômico em longo prazo: o aquecedor a gás tende a ser mais competitivo financeiramente ao ser empregado em moradias com famílias numerosas e com muitos pontos de água quente, se comparado ao sistema elétrico.
Aspectos negativos
  • Alto custo de instalação.
  • Infraestrutura prévia: requer espaço com ventilação permanente (geralmente na área de serviço) para evitar acidentes decorrentes de vazamentos de gás. A tubulação é específica (de cobre ou plástico reforçado) para conduzir a água quente e são necessários misturadores para o controle da temperatura. A água também deve ter pressão em torno de 5 a 10 MCA (metros de coluna d'água)  para o funcionamento adequado.
  • Maior consumo médio de água: a ducha a gás consome, em média, 9,1 litros por minuto.
  • Desperdício: a água demora um pouco para esquentar. Para evitar desperdício, faça a coleta do líquido "pré-banho" e reutilize-o.
  • Manutenção: o sistema de aquecimento de água a gás demanda pouca manutenção, mas quando necessária, é preciso recorrer à assistência técnica especializada.
Vale considerar
  • Os aquecedores a gás podem ser alimentados por GN (gás natural ou encanado) ou GLP (gás de cozinha, ou gás liquefeito de petróleo, comercializado em botijão): ao comprar o equipamento verifique previamente a compatibilidade com o tipo de gás que abastece a residência.
  • A vazão máxima das duchas recomendada é de 8 litros por minuto, para racionalizar o consumo de água e diminuir o desperdício.
Para saber mais, acesse:
Fontes: Alexandre Tambasco, gerente de marketing da Lorenzetti; Centro Internacional de Referência em Reúso de Água, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP); e Douglas Messina, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).