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Vai comprar um imóvel? Veja 10 dicas para não errar na escolha

Antes de finalizar a compra e buscar as chaves, atente-se a estes detalhes fundamentais - Getty Images
Antes de finalizar a compra e buscar as chaves, atente-se a estes detalhes fundamentais Imagem: Getty Images

Marcelo Testoni

Colaboração com o UOL

01/01/2018 04h00

Ao visitar um imóvel para comprar é preciso avaliar, além da aparência e estado de conservação, o máximo de fatores externos possíveis. Para não cair em ciladas, converse com a vizinhança, pesquise sobre o que há nos arredores e faça uma análise da construção pelo aspecto funcional.

Também leve em conta os seguintes fatores na hora de escolher sua casa ou apartamento:

    1. Metrôs, aeroportos e estradas

    São bem-vindos e valorizam áreas comerciais, pois facilitam o deslocamento de quem viaja bastante ou circula a pé ou de carro. No entanto, se estiverem a menos de um quarteirão de distância de imóveis residenciais podem tornar-se um problema. O motivo é que, além de provocarem barulhos e congestionamentos, aumentam as chances de assaltos cometidos por estranhos, que têm fácil acesso à região.

    2. Feiras livres, boates e cemitérios

    Esses pontos desqualificam imóveis em até 40%, principalmente casas residências, que costumam ser mais baixas e próximas das ruas do que os prédios. O resultado é reflexo de dois extremos: de um lado, muito barulho e fluxo intenso de pessoas e veículos, do outro, falta de segurança e de investimentos públicos em locais com pouco movimento ou ruas desertas.

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    3. Construções antigas

    Apartamentos de décadas atrás costumam ser mais espaçosos do que os atuais, porém pecam em acessibilidade e praticidade. Para ter conforto e segurança, pais com crianças pequenas, portadores de necessidades especiais e idosos devem se atentar às áreas de circulação, que devem contar com corrimão nas escadas, elevador ou rampa de acesso. O imóvel também precisa estar apto para a instalação de internet e de eletrodomésticos que consomem bastante energia.

    4. Vizinhos

    Coletar dados sobre o perfil da vizinhança é fundamental. A razão é garantir bem-estar, privacidade e segurança, pois desavenças, assaltos e festas até altas horas podem afetar de maneira negativa a vida dos moradores e até comprometer a venda do imóvel no futuro. Uma dica é visitar a região no fim de semana, à noite e se atentar à sua rotina. Muros altos, cercas elétricas e portões tapados podem ser indícios de que a rua é visada ou tem muitos moradores fofoqueiros.

    5. Terrenos

    Se a ideia é comprar um, informe-se sobre as características do solo, que se for instável exigirá da construção alicerces e fundações resistentes, que podem elevar o custo da obra em até 7%. Também é importante avaliar se no local existem árvores com raízes invasivas perto de muros, cupinzeiros, barrancos e, em caso de áreas planas, rios e córregos que costumam alagar. Já os terrenos em subidas requerem bons sistemas de escoamento da água da chuva, que pode provocar infiltrações.

    6. Vista, iluminação e ventilação

    Imóveis com vista boa, sem prédios à frente, costumam ser até 10% mais caros. Porém, é preciso avaliar, além da paisagem, a entrada de ar e de sol. Apartamentos iluminados a tarde inteira são menos valorizados, pois viram “um forno” no verão e encarecem a conta de luz por conta do uso do ar condicionado. Prefira os que recebem sol pela manhã. Também evite comprar de frente a terrenos baldios, que correm o risco de serem invadidos, darem espaço a matagais ou serem ocupados por enormes edifícios.

    7. Condomínios fechados

    Oferecem segurança e áreas de lazer compartilhadas, como piscina e quadra esportiva, mas não são os modelos de habitação mais indicados para pessoas de hábitos reservados, que não curtem regras ou que não gostam do barulho de crianças. Na dúvida, compre um apartamento ou casa no lado oposto aos espaços de convívio, ou prefira se mudar para um conjunto residencial mais simples, sem atrativos.

    8. Parques e praças

    Áreas verdes próximas, como parques e praças, agregam valor a imóveis residenciais. Além disso, a presença das árvores melhora a qualidade do ar, bem como incentiva à prática de esportes e brincadeiras ao ar livre. No entanto, os que estão localizados a poucos metros de reservas florestais estão mais vulneráveis às ações da natureza, como invasões de pragas e animais selvagens, epidemias e queda de raios.

    9. Andares

    Cada um tem a sua vantagem e a sua desvantagem. Os mais baixos costumam ser até 30% mais baratos que os superiores e menos dependentes dos elevadores. Entretanto, são mais afetados por infiltrações, problemas de estrutura e barulhos de rua. Já os andares de cima são mais caros e reféns da demora dos elevadores, mas mais protegidos dos sons da rua e privilegiados no quesito ventilação e vista livre.

    10. Praia

    O clima do litoral exige cuidados prévios e manutenção constante. Para não ser vítima do calor e da maresia, prefira um imóvel localizado a algumas quadras de distância da orla, com piso frio, fácil de limpar e resistente às altas temperaturas. Se o imóvel contar com grandes portas e janelas com esquadrias de alumínio ou PVC melhor ainda, pois, além de facilitar a circulação do ar, estará mais protegido contra o mofo e a ferrugem.

    Fontes: Grupo Lopes Imobiliária, arquitetas Letícia e Flavia Abaurre, e Secovi-SP (Sindicato da Habitação).