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Center Norte faz acordo para tentar evitar fechamento

28/09/2011 20h59

São Paulo - A direção do Shopping Center Norte assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público de São Paulo no qual se compromete a instalar drenos para a extração de gás em seu complexo na zona norte da capital paulista. O complexo precisará instalar nove drenos dentro de 20 dias.

Em nota, o Center Norte disse também que vai manter o "monitoramento diário da área, além de continuar os trabalhos de detalhamento dos estudos ambientais do empreendimento, do Carrefour e do Lar Center" e que o TAC reforça sua preocupação "com a solução da questão ambiental do empreendimento, dentro dos prazos estabelecidos pela Promotoria e pela Cetesb e seguindo padrões de segurança".

Porém, o acordo não garante que o complexo poderá continuar funcionando. O shopping informou que, se for preciso, entrará na Justiça para impedir a interdição, prevista para sexta-feira.

"A assinatura do termo não impede o Shopping Center Norte de tomar medidas legais para impedir a interdição do estabelecimento a partir de sexta-feira, por determinação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo", afirmou o shopping na nota.

A prefeitura de São Paulo informou que se pronunciará somente após ser oficialmente comunicada sobre o acordo. O porta-voz do Ministério Público não foi encontrado para comentar o caso.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) esteve presente na assinatura do TAC. Procurado, o órgão disse apenas que mantém sua posição em cobrar melhorias na segurança do local.

Além do Shopping Center Norte, o complexo abriga o Lar Center (do mesmo grupo) e um hipermercado Carrefour, além de um estacionamento para milhares de carros e uma loja da rede de artigos esportivos Decathlon.

Os empreendimentos foram erguidos em uma área onde funcionava um lixão até o começo dos anos 80. A decomposição do lixo liberou gases que se concentraram no subsolo desses imóveis. Segundo a Cetesb, e a situação ficou crítica e agora há risco de ocorrer uma explosão.

(Letícia Casado | Valor)

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