Topo

Federação de Ginástica dos EUA recebe ultimato após escândalo sexual

Larry Nassar, ex-médico da equipe olímpica de Ginástica dos EUA, abusou de mais de 150 mulheres ao longo de sua carreira. Entre elas, estão muitas das atletas premiadas do país - Brendan McDermid/Reuters
Larry Nassar, ex-médico da equipe olímpica de Ginástica dos EUA, abusou de mais de 150 mulheres ao longo de sua carreira. Entre elas, estão muitas das atletas premiadas do país Imagem: Brendan McDermid/Reuters

da AFP, de Los Angeles

26/01/2018 08h31

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos advertiu na quinta-feira que todos os integrantes da diretoria da Federação de Ginástica devem renunciar até 31 de janeiro para não perder sua licença, após o escândalo de abusos sexuais do médico Larry Nassar.

Em uma carta enviada aos integrantes da Federação, o diretor geral do Comitê Olímpico americano, Scott Blackmun, estabelece um plano detalhado.

Veja também

Uma diretoria interina será nomeada, incluindo representantes de atletas, e dentro dos próximos 12 meses a Federação deve escolher novos diretores.

Caso os membros da atual direção não renunciem, o Comitê adotará ações imediatas, alertou Blackmun.

Nassar, ex-médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos, foi condenado na quarta-feira a entre 40 e 175 anos de prisão por abusar sexualmente de mais de 150 meninas e mulheres ao longo da carreira.

Entre as vítimas estão medalhistas olímpicas como Simone Biles, Aly Raisman, Gabby Douglas, Jordyn Wieber e McKayla Maroney.

Kyle Stephens durante julgamento de Larry Nassar - Geoff Robins/AFP - Geoff Robins/AFP
Kyle Stephens, uma das atletas agredidas, durante julgamento de Larry Nassar
Imagem: Geoff Robins/AFP

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos já anunciou uma investigação independente sobre o escândalo e exigiu a saída em bloco da direção da Federação.

"Não baseamos nossos pedidos em nenhuma informação de que algum membro ou funcionário da Federação de Ginástica teve um papel em estimular ou esconder as ações de Nassar", destacou Blackmun na carta.

"Nossa posição vem de um claro sentido de que a cultura da Federação de Ginástica precisa ser reconstruída", completou.