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Amor platônico denuncia gay no armário

Da Redação

04/06/2010 13h09

O amor platônico é um dos indícios relatados no livro “Cuidado! Seu Príncipe Pode Ser uma Cinderela” (Editora Best Seller), das autoras Ticiana Azevedo e Consuelo Dieguez, para identificar um gay no armário. Ao somar com outros indícios - como pouco interesse pelo sexo e o gosto pela fofoca -, a publicitária Marta* ficou desconfiada de seu namorado de 30 anos, que nunca havia namorado antes. Leia seu depoimento:

“Comecei a namorar Adriano* há três anos. Nos conhecemos numa balada. Ele tinha bebido um pouco e eu também. Começamos a dançar e a nos beijar. Um beijo só, mas tão longo que quando eu abri os olhos não havia mais ninguém na pista. Ele tinha 30 anos e nunca namorara antes; achei muito estranho quando sua irmã me disse que achava que ele era gay.

Adriano era um homem maravilhoso. Tinha uma vida social e cultural fantástica, cozinhava super bem e me tratava como uma rainha. Apenas um detalhe: ele não fazia questão nenhuma de transar e muito menos de se empenhar em preliminares. Sua voz também era um pouco feminina. Cheguei a brigar com um amigo gay que me disse que Adriano ou era homossexual ou viraria.

Fui levando a relação por um ano, apesar da falta de sexo, porque ele me completava em todo o resto. Confesso que também o achava fofoqueiro e prestativo demais para um homem, sem falar no seu apartamento de solteiro sempre impecavelmente arrumado. Eu nunca havia visto isso na vida. Meus tios e primos quando me encontravam perguntavam: "E, aí, como vai o seu namorado fruta?". Eu ficava ‘P’ da vida...

Um dia aquele mesmo amigo gay foi em casa com seu marido e me deu uma dura. Ele disse: "Até quando você vai ficar fingindo que é feliz sem sexo?" Foi um banho de água fria. Alguns meses depois, Adriano foi transferido para trabalhar em Londres. Como eu não poderia ir junto resolvi terminar e meses depois arrumei um namorado ‘bem macho’ (risos) na internet.

Soube que, nesses quase dois anos de separação, ele não namorou mais ninguém. Ao contrário, só alimentou amores platônicos que, aliás, é o que ele já fazia antes de nos conhecermos. Estranho, muito estranho...” (Rosana Ferreira)


* Os nomes foram trocados para manter a privacidade dos entrevistados