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Síndrome da superesposa: faça o teste e veja se você exige demais de si mesma

Tatiane Zeitulian (dir.), com a filha de 11 anos. Dividindo tarefas, a mãe conseguiu equilibrar a rotina familiar - Arquivo pessoal
Tatiane Zeitulian (dir.), com a filha de 11 anos. Dividindo tarefas, a mãe conseguiu equilibrar a rotina familiar Imagem: Arquivo pessoal

RENATA RODE

Colaboração para o UOL

22/03/2011 07h00

O termo superesposa pode parecer exagerado, mas será que é? Basta pensar nas inúmeras obrigações que uma mulher tem. Mas o apelido pode não ser tão positivo quanto parece. Segundo Carin Rubenstein, autora do livro “Livre-se da Síndrome da Superesposa” (Editora Gente), há um equívoco no conceito de casamento moderno, já que se espera que a mulher seja mais eficiente do que o homem, sempre.   

A jornalista, que entrevistou mais de 1.500 pessoas casadas pelo mundo, exibe dados curiosos. Ela apurou que a discrepância entre as participações de um e outro no casamento é bem grande.

As entrevistadas disseram ser responsáveis por funções como: cuidar das crianças, conversar sobre relacionamentos, exercer trabalhos domésticos, encarregar-se de cuidados com a saúde, manter contato com os familiares, administrar finanças, manter a vida social e preparar uma boa refeição. Elas atribuem ao homem apenas duas tarefas: a manutenção o carro e ganhar dinheiro.
 


 

Para Rosângela Aguilar, autora do livro “Mulher - Guia Prático de Sobrevivência” (Editora Baraúna), é preciso serenidade para achar um ponto de equilíbrio. “É essencial ter amor próprio, ser flexível, ter organização e senso de prioridade, para não permitir que o cansaço e a frustração dominem você”, afirma.

Se essa é a realidade da maioria das mulheres, a empresária Tatiane Zeitulian é prova de que é possível ser diferente. Casada há 14 anos, ela conta que precisou se reorganizar para que tudo voltasse ao eixo em sua casa. “Cheguei ao limite e fiquei insuportável. Nem os familiares aguentaram. Então, recorri à terapia para buscar meu equilíbrio e consegui”.

Mãe de uma menina de 11 anos, Tatiane tem uma vida agitada e um marido que, segundo ela, é uma raridade, pois divide com ela todas as funções. “Ele participa de tudo, adora me ajudar e dar opiniões. Somos grandes parceiros, amigos e amantes”, diz, orgulhosa.