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Saiba como ter uma boa relação entre patrão e empregada doméstica

A entrevista de emprego é o melhor momento para deixar tudo combinado, nos mínimos detalhes - Fotomontagem/Thinkstock
A entrevista de emprego é o melhor momento para deixar tudo combinado, nos mínimos detalhes Imagem: Fotomontagem/Thinkstock

DANIELA SILVEIRA

Colaboração para o UOL

15/06/2011 07h00

Quem contrata uma empregada doméstica sempre tem uma lista de exigências. Precisa ser confiável, pontual, organizada, responsável, competente etc. Mas será que esses patrões também são exigentes consigo mesmos? E as empregadas? Será que cumprem o combinado? Essa relação profissional que se estabelece dentro de uma casa não é nada fácil... O primeiro passo para um convívio pacífico é discutir todos os detalhes. É necessário ficar clara a conduta de cada um para evitar conflitos. Estabelecer as regras, as tarefas a serem exercidas e as obrigações de cada lado.

“A entrevista é o melhor momento para as partes terem a exata noção de direitos e deveres de cada um. Temas e questões sensíveis como carga horária, uso do telefone (tanto o celular quanto o fixo), danos materiais causados pela empregada doméstica, religião, folgas e aumentos salariais podem e devem ser discutidos com clareza”, afirma Gláucio Costa, diretor da Agência Central de Empregos, que seleciona trabalhadores domésticos em São Paulo (SP).

PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES
Queixas frequentes de contratantes e funcionárias*:

Principais reclamações dos contratantesPrincipais reclamações das empregadas domésticas
Má formação técnica (incompatível com a exigência salarial)Patrões que não compreendem que a empregada pode ficar doente
Pouco apego ao trabalho (abandonam o emprego ao receber uma proposta)Patrões que servem comida diferente à empregada
Dificuldade em trabalhar com planejamento e rotinasSer sempre suspeita de qualquer sumiço
Resistência às ordens e orientaçõesAcúmulo de funções, como cuidar de crianças ou animais
Excesso de faltas e atrasosFalta de respeito à jornada de trabalho
Pouco interesse em fazer cursos de aperfeiçoamentoDesrespeito aos horários de descanso combinados
Resistência ao uso de uniformesDificuldade para receber por horas extras e gozar férias
Dificuldades para transmitir recadosTrabalhar informalmente (sem registro em carteira)
Pouco domínio das atividades (como lavar, passar, limpar e cozinhar)Terem bolsas revistadas e trabalhar vigiadas por câmeras
Falar demais ao telefoneDificuldade em conseguir aumento salarial
Demonstrar forte envolvimento com religiões e tentar convencer outros funcionários a aderir (da casa ou da vizinhança)Desinteresse dos patrões em investirem em cursos de aperfeiçoamento profissional

* Gláucio Costa, diretor da Agência Central de Empregos, que seleciona trabalhadores domésticos em São Paulo (SP)