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Você é alarmista com seu filho? Faça o teste e descubra

RENATA RODE

Colaboração para o UOL

16/07/2011 07h00

Provavelmente, a maioria dos pais concorda que um filho sempre será fonte de preocupações. Porém, não adianta acreditar que é possível estar por perto, o tempo todo e para sempre, para livrai-los de todo o mal. Também, claro, os pais não devem ser negligentes, achando que o filho aprende sozinho a lidar com a vida. Mestre em psicologia pela PUC-SP e especialista em atendimento familiar, Dora Lorch diz que o pai alarmista é o pai medroso, o que superprotege.

"Normalmente, esses pais impedem os filhos de viverem e bloqueiam o desenvolvimento das crianças. Isso pode acarretar em problemas futuros. A privação de certas experiências e do convívio social, logo no começo da vida, pode influenciar na definição da personalidade dessa pessoa. Uma criança que vive só dentro de casa e não tem convívio social torna-se um adulto egoísta e sozinho, geralmente."

Para a especialista, a superproteção tem o efeito contrário ao desejado pelos pais. "O pai coloca o filho em uma redoma, achando que está protegendo e, na verdade, está prejudicando. É normal, por exemplo, que crianças brinquem e, de vez em quando, briguem. Isso faz parte do desenvolvimento", afirma. Portanto, a criança que não convive com isso, certamente terá dificuldade de lidar com adversidades na vida adulta, quando os pais não estarão lá para interferir...