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O que fazer quando a autoestima e a personalidade do casal não batem?

Pessimistas tendem a se envolver com pessoas otimistas na tentativa de restabelecer a esperança - Lumi/UOL
Pessimistas tendem a se envolver com pessoas otimistas na tentativa de restabelecer a esperança Imagem: Lumi/UOL

Heloísa Noronha

Do UOL, em São Paulo

10/07/2012 07h15

É verdade: os opostos se atraem. Mas isso ocorre na física, e não necessariamente nos relacionamentos amorosos. "Ao contrário do que se diz no senso comum, são as semelhanças, e não as diferenças, que facilitam a vida de um casal”, afirma a psicóloga e terapeuta sexual Isabel Delgado. Assim, quando aspectos fundamentais da personalidade de cada um são contraditórios, as relações enfrentam vários problemas que vão da impaciência à tentativa de ser o terapeuta do parceiro, o que pode acabar com a relação. “Outro aspecto perigoso é a tentativa de impor seu jeito de ser”, diz Isabel.

Por outro lado, quando um reconhece no outro uma melhor capacidade de lidar com uma situação, é preciso tomar cuidado para que não se desenvolva uma relação de dependência da opinião (ou da vida) do parceiro. A melhor união é aquela que conta com colaboração e ajuda mútuas. “Embora a tendência de muitas pessoas seja a de se envolver com quem tenha características complementares às suas, num relacionamento a dois é importante que cada um possa aprender e se desenvolver com o outro naquilo que ele traz de diferente para a relação”, afirma a psicóloga Miriam Barros, especialista em terapia familiar e psicodrama.

O UOL Comportamento consultou especialistas que comentaram seis situações típicas de diferenças estruturais de personalidade. “São questões em que a compreensão e a ajuda mútua serão imensamente importantes para ajudar e validar o processo de harmonização das diferenças”, diz Alexandre Bez, psicólogo especializado em relacionamentos pela Universidade de Miami (EUA).