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Siga sete passos e reverta uma fofoca sobre você no trabalho

Dependendo da gravidade da fofoca, peça ajuda à chefia e ao RH para resolver o problema - Getty Images
Dependendo da gravidade da fofoca, peça ajuda à chefia e ao RH para resolver o problema Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Do UOL, em São Paulo

03/04/2014 07h47


Uma fofoca pode causar arranhões na imagem profissional de alguém. Mas é possível, sim, tomar algumas medidas para tentar reverter a situação. Antes de saber quais atitudes são essas, lembre-se que a melhor maneira de não cair na armadilha da boataria corporativa é justamente não fomentá-la. "Em uma empresa, nunca se sabe até onde determinada informação pode chegar ou se foi distorcida. Por isso, não repasse boatos”, afirma a consultora Tali Alkalay Brenman, fundadora da Etz, empresa de orientação de carreira.

1. Seja racional: mantenha o autocontrole e busque aliados, ou seja, pessoas que possam o ajudar a combater a fofoca. Nunca tome uma decisão a partir de uma fofoca. Se o fizer, estará agindo de forma errada. “Tudo o que a pessoa que inventou o boato quer é desestabilizar o alvo. Quem cai no jogo está perdido”, fala Leandro Garcia, professor de Gestão de Pessoas e Liderança da IBE-FGV (Institute Business Education – Fundação Getulio Vargas).

2. Junte-se ao inimigo: para Leandro Garcia, uma estratégia inteligente é, em vez de partir para o confronto, se aliar ao inimigo. "Descubra quem é o fofoqueiro e faça o contrário do que ele imagina. Tente se aproximar, com isso você o acompanhará de perto. O efeito surpresa nesse caso pode ser uma importante arma a seu favor", afirma.

3. Peça apoio à chefia: busque o aval e o apoio dos chefes, de acordo com Alexandre Rangel, sócio-fundador da empresa de treinamento executivo Alliance Coaching. "Conforme as circunstâncias, só isso já será suficiente para abafar o caso e gerar a credibilidade necessária à vítima", diz.

4. Esclareça publicamente: para a consultora de carreira Tali Alkalay Brenman, juntar a equipe e tentar esclarecer as coisas é uma forma de contornar a situação. "Mas quando há comprometimento do desempenho ou o emprego da pessoa entra em jogo, o melhor é pedir uma investigação interna, envolvendo chefia e profissionais de RH que possam mediar e analisar de fora a questão", conta. Dependendo da gravidade do caso, uma acareação também pode ser uma saída, pois colocar a vítima frente ao fofoqueiro ajuda a eliminar qualquer nova possibilidade de invenções.

5. Mostre (ainda mais) competência: para Francisco R. Bittencourt, consultor do Instituto MVC de educação corporativa e consultoria, o mais eficaz "cala a boca" em se tratando de fofoca é demonstrar uma performance de qualidade e com consequências positivas para a empresa. "O sucesso percebido por todos deve silenciar os maledicentes", diz o especialista. "O esforço do profissional deve ser redobrado. Além do trabalho, é preciso avaliar quais aspectos da sua imagem foram mais prejudicados e trabalhá-los", informa Leandro.$escape.getHash()uolbr_quizEmbed('http://mulher.uol.com.br/comportamento/quiz/2012/05/18/voce-costuma-engolir-sapos-no-trabalho.htm')
6. Aproxime-se das pessoas certas: a fofoca é uma arma apontada para alguém que, normalmente, está em ascensão na carreira ou àquela pessoa que está causando inveja no fofoqueiro. "Por isso, aproxime-se das pessoas de decisão e mostre seu verdadeiro valor profissional a elas, seja através da sua postura ou do seu talento", fala Leandro, da IBE-FGV.

7. Aprenda a se precaver: de acordo com a coach Daniela do Lago, especialista em comportamento organizacional, a experiência deve servir como aprendizado para a pessoa se tornar mais atenta e se manter imune a novas armadilhas que possam expor sua imagem novamente. "É essencial evitar se colocar em situações que possam gerar mensagens dúbias ou exposição para eventuais fofocas. Em ambientes de trabalho, as pessoas são competitivas. Amizade é para poucos", diz.

Julio Barbosa, coordenador do curso de pós-graduação em Comunicação Organizacional e Negócios do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, diz que agir preventivamente e ter um plano de crise pessoal é fundamental.

"Mantenha sua vida pessoal fora do alcance dos colegas de trabalho, evite confissões, não aceite convites para atividades particulares se não tiver certeza das intenções de quem convida, não beba até cair nas festas e reuniões, nunca altere seu tom de voz e, principalmente, demonstre cordialidade e educação com todos. Pessoas ressentidas são cruéis", declara Julio.