Está com alguém egoísta no sexo? Tente estas técnicas antes de 'vazar'

Transa apenas quando quer, pede sexo oral e se recusa a fazer também, impõe posições ou variações que causam desconforto alheio e evita beijar na boca contrariando o desejo do par. Estes são apenas alguns exemplos de atitudes egoístas no sexo.

A palavra-chave do bom sexo é troca. Mas, infelizmente, muita gente não se preocupa tanto assim com o prazer do outro.

Por outro lado, há também quem se submeta a coisas que não gosta, por motivos como medo da perda e do abandono, baixa autoestima até uma tentativa de transformar o sexo casual em um relacionamento sério.

Diálogo é o melhor caminho

Seja quais forem as circunstâncias, o diálogo é sempre o melhor caminho. Funciona? Depende.

Ninguém muda ninguém, a não ser que a pessoa queira. Mas, é possível expor claramente suas vontades, não ceder a tudo o que o outro quer e detectar comportamentos que te fazem mal.

O egoísmo, às vezes, é fruto de uma educação conservadora, em que a pessoa aprendeu que determinadas práticas são erradas. Ainda existe o "homem age assim" ou "mulheres devem fazer aquilo". Então, uma conversa sincera pode funcionar.

O mais importante é ter em mente que ninguém deve se sentir obrigado a realizar alguma prática sexual que não se sente bem.

O prazer só é saudável quando agrada as duas pessoas.

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Se a pessoa estiver aberta à mudança, mostrará disponibilidade em ouvir e, a partir disso, se colocar no lugar do outro e entender suas necessidades.

Mas não espere uma transformação de comportamento radical do par. Quando se trata de sexualidade, o ideal é sincronizar aquilo que cada um gosta e procurar estabelecer um meio-termo.

Ambos podem descobrir maneiras criativas de lidar com as diferenças.

Exponha o que incomoda sem criticar

Muitas coisas ficam só no plano do desejo e da fantasia simplesmente porque as pessoas têm vergonha de abrir o jogo sobre o que querem. Se você não pedir, dificilmente vai conseguir o que almeja, já que ninguém adivinha o que se passa na cabeça do outro.

Mas, em vez de criticar ou julgar a performance, apresente a ideia como algo que pode melhorar ainda mais os momentos maravilhosos que costumam compartilhar.

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Tente se colocar no lugar da pessoa

Em alguns casos, alguma atitude percebida como sinal de egoísmo ou descaso é tida como algo absolutamente normal para a outra pessoa. Não se trata de desprezar ou ignorar os seus desejos de forma proposital, mas de um repertório aprendido e consolidado ao longo da vida.

Olhar para a história de cada um com respeito e carinho é um fator decisivo para o casal se dar bem.

Um exemplo clássico é o do homem que terminou de transar e vai direto tomar banho ou vira para o lado e cai no sono. Muitas mulheres se sentem usadas com esse tipo de reação.

Mas isso pode ser ajustado se os dois perceberem que as consequências do orgasmo são diferentes para as pessoas. Há quem relaxe; há quem fique aceso.

Apresente vantagens

Algumas pessoas acreditam que o jeito que sabem fazer certas coisas é único. Mais do que propor novidades, o ideal é apresentar as vantagens sobre tentar determinada posição ou prática.

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Outra sugestão é questionar a razão pela qual outro gosta tanto de fazer determinada coisa de um certo jeito. A partir da resposta, indique alternativas que a fariam sentir prazer extra.

Reforço positivo

Se vocês estão juntos há um certo tempo, provavelmente o outro já mandou bem na cama em situações específicas. Puxe esses momentos da memória e se lembre do que ele fez para que sentisse tanto prazer na ocasião.

Diga, então, que gostaria de uma sessão "flashback", descrevendo exatamente o que é necessário para ter um orgasmo alucinante novamente.

Assuma o controle da situação

Identifique quais são os seus pontos sensíveis e de qual maneira prefere ser estimulada (a masturbação está aí para isso). Na hora H, diga como você gosta e peça a ele que faça.

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Ao dar um tom lúdico à transa —brincando, por exemplo, de exploração do mapa do prazer—, é possível envolver melhor o outro na situação.

Fontes: Amaury Mendes Jr., ginecologista e terapeuta sexual; Arlete Girello Gavranic, terapeuta sexual; Carla Cecarello, terapeuta sexual fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade); Juliana Bonetti Simão, psicóloga especializada em sexualidade.

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