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Homens não abrem mão de casar de modo tradicional e explicam opção

O empresário Lucas Bonini sonha se casar de maneira tradicional desde a infância - Arquivo Pessoal
O empresário Lucas Bonini sonha se casar de maneira tradicional desde a infância Imagem: Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

10/09/2015 07h15

“Vou me casar na praia, em Ilhabela (litoral norte de São Paulo), em uma cerimônia para 200 a 300 convidados, que ocorrerá entre 17h30 e 19h30. A ideia é que todos consigam ver o pôr do sol. O cenário foi escolhido para garantir que os elementos ar, água, fogo e terra estejam presentes para abençoar a nossa união.” É dessa forma que o ator e empresário Lucas Bonini, 23, descreve o próprio casamento, que será realizado em março de 2017.

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O sonho de casar de Bonini vem desde a infância, época em que folheava álbuns de casamento dos pais e tios. “Sempre quis me casar de maneira tradicional, com a presença de um padre”, afirma.

O instrutor de trânsito Sebastião Pereira de Souza, 28, sonhava em subir ao altar levado pela mãe, da mesma maneira que seus irmãos haviam feito antes. O desejo dele se realizou em 21 de setembro de 2013, quando se casou na Igreja e, depois, fez uma festa para 200 convidados.

“Tudo foi planejado minuciosamente. Eu me vesti de fraque. Minha mulher com vestido de princesa e véu longo. Nós também escrevemos e lemos os votos matrimoniais”, conta. “No início do relacionamento, a minha vontade de casar era maior, mas minha mulher estava em outra fase, queria estudar e trabalhar. Foi só depois que a ideia cresceu e passamos a sonhar juntos.”

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A namorada do analista de suporte Rafael Casado Gonçalves, 24, nunca se encantou com a ideia de uma cerimônia tradicional. Mas, após três anos de relacionamento com um homem que cresceu imaginando-se no altar à espera de uma mulher que entraria vestida de noiva para encontrá-lo, ela acabou embarcando no sonho também.

Atualmente, eles planejam o evento, marcado para 10 de dezembro de 2016. “Sempre quis fazer um casamento como aqueles dos filmes e das novelas. Por ser de família católica, também aspirava casar na Igreja ou em outro local que tivesse um padre. Minha noiva não é da mesma religião, mas entramos em consenso para uma cerimônia católica.” 

Até o momento, tudo corre dentro do planejado nos preparativos do analista de suporte. “Está como imaginamos: fechamos o local da festa e a recepção vai ser animada, com bebida e comida à vontade, DJ e muito sertanejo, samba e pagode”, diz Gonçalves.

O jornalista Mílton Alves Júnior, 28, também está totalmente envolvido com o planejamento do próprio casório, que acontecerá em abril de 2016. Ele anseia por um enlace nos moldes tradicionais desde a infância, época em que estudava em um colégio católico. 
$escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/jornalista-milton-alves-junior-personagem-de-materia-de-uol-comportamento-1441828899892.vm')“Frequentava muito a Igreja e me emocionava com as músicas que ecoavam pelas galerias, com o som do violino, a harmonia do saxofone, a melodia do piano e a passarela da noiva repleta de flores”, diz.

Quando decidiu que era a hora de evoluir o relacionamento, Júnior planejou detalhadamente o pedido de noivado. “Decidi pedir minha namorada em casamento em janeiro de 2014, em cima de um trio elétrico, durante um Carnaval fora de época em Aracaju. Foi lá que nos conhecemos.”

Peixes fora d’água

Mílton Alves Júnior é o único da família que optou por um casamento tradicional. “Minha irmã prefere ter uma vida de casal, mas sem oficializar a união.” Por gostar de se envolver em cada detalhe do evento, ele conta que foi vítima de preconceito.

“Muitos já chegaram a desconfiar da minha orientação sexual. Não sou menos homem do que meus amigos, apenas sigo uma linha diferente das pessoas que andam comigo”, afirma.

Rafael Casado Gonçalves nunca conversou sobre o assunto com os amigos, apenas os comunicou do plano. “Acho que hoje é muito mais comum os homens desejarem uma união estável do que um casamento tradicional”, diz.

Sebastião Pereira de Souza concorda com a afirmação, apesar de ter vindo de uma família em que os filhos foram criados para só saírem de casa após oficializarem o casamento.

“Acho que muitas pessoas buscam uma forma mais moderna de se relacionar. Alguns decidem somente morar juntos. Outros preferem fazer uma viagem para comemorar. Eu fiz tudo: festejei, viajei e agora moro junto”, diz.