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Casais que vivem em países diferentes contam como driblam a distância

Do UOL

26/09/2016 07h20

Separados por oceanos ou por muitas milhas, eles usam a tecnologia para amenizar a saudade e tentam descobrir formas de valorizar a relação tal como é. Conheça quatro histórias de casais que estão vivendo esse desafio.

Cínthia Morrone, 36, e o marido, David Hayes, 42

Cínthia Morrone e David Hayes, personagens da matéria "Casais que vivem em países diferentes contam como driblam a distância ", de UOL Comportamento - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

“Sou de São Paulo e conheci meu marido em um pub, há sete anos. Ele é irlandês e estava trabalhando no Brasil. Nós nos apaixonamos e começamos a namorar. Depois de um ano, ele teve de retornar à Europa e, logo em seguida, me convidou para ir visitá-lo. Fui sob o pretexto de estudar inglês. Fiquei um ano e meio. A grande questão é que ele nem sempre estava em casa, pois viaja muito. Já morou em mais de dez países diferentes. Então, em muitos momentos, ficava longe da minha família do Brasil, mas também não compensava com a presença dele. Por isso, nossa história teve algumas idas e vindas. No entanto, o sentimento falou mais alto e a gente acabou decidindo casar e montar uma casa na Europa. Atualmente, estou na Irlanda e ele, na Alemanha. A gente se vê quase todo final de semana, porque estamos pertinho. A fase mais difícil foi quando ele morou na Coreia por seis meses. Quando ele vem ficar uns dias em casa, é como se fôssemos namorados de novo. Porém, a cada vez que ele vem para passar mais tempo, é necessária uma adaptação. Na primeira semana, brigamos muito, depois fica bom. Quando estamos distantes, a tecnologia ajuda, mas não supre a falta de um abraço. A gente se acostuma, claro, mas é só com muito amor mesmo.”

Kênia Carvalho, 29, e o marido, Douglas Vieira, 28

Kênia Carvalho e Douglas Vieira, personagens da matéria "Casais que vivem em países diferentes contam como driblam a distância ", de UOL Comportamento - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

“Há dez anos, conheci meu marido, trabalhávamos juntos em Curitiba e começamos a namorar. Casamos depois de dois anos e, há dois meses, estamos separados, mas só fisicamente. Continuo em Curitiba e ele foi a trabalho para os Estados Unidos. A ideia é que eu vá para lá no início do ano que vem, mas, por enquanto, preciso me dedicar aos estudos e terminar a minha faculdade. Depois de passar tanto tempo vivendo na companhia dele, a adaptação está sendo difícil. A gente se fala todos os dias, via aplicativos ou no celular, mas a solidão é terrível, principalmente aos finais de semana. Além disso, é preciso conversar muito, para que a sinceridade e a confiança estejam presentes e o ciúme não prejudique a relação. O lado bom é que esse tempo longe me fez valorizar ainda mais a relação, uma coisa que os casais que estão juntos nem sempre fazem. Hoje, quando nos encontramos, tudo é muito especial, cada detalhe conta.”

Bianca Kern, 26, e o namorado, Chad Koppele, 28

Bianca Kern e ChadKoppele, personagens da matéria "Casais que vivem em países diferentes contam como driblam a distância", de UOL Comportamento - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

“Eu e o Chad nos encontramos em abril de 2009, durante minhas férias em Miami. Nessa época, ficamos quatro meses juntos. Tinha 19 anos e precisava retomar meus estudos no Brasil. Voltei e o relacionamento esfriou, acabamos tendo outros romances, acho que a gente colocou na cabeça que precisávamos esquecer um do outro. Só que não deu certo. Foi quando decidi juntar dinheiro para ir vê-lo mais uma vez, há quatro anos. Desde então, percebemos que a distância era muito pequena comparada ao nosso amor e à vontade de estar juntos. Foi aí que resolvemos oficializar o namoro e, mesmo com milhas entre nós dois, não há espaço para mais ninguém. Atualmente, a gente se encontra de duas a três vezes por ano e falamos, pelo menos, uma vez por dia no Face Time [software que permite chamadas de vídeo]. O fato mais curioso é que temos alguém, mas ao mesmo tempo nos sentimos sozinhos. E é muito ruim não poder compartilhar momentos, ir ao cinema, sair para jantar, pegar uma praia. Por outro lado, a gente não tem uma rotina e, portanto, não pode se cansar dela. Brinco que, quando enjoamos, tiramos férias um do outro.”

Valeria de Paula, 43, e o namorado, Elcio Santos Ferreira, 39

Valeria de Paula e Elcio Santos Ferreira, personagens da matéria "Casais que vivem em países diferentes contam como driblam a distância ", de UOL Comportamento - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

“Eu e meu namorado nos conhecemos por meio de um aplicativo de encontros, o Tinder. Sou brasileira, mas estou na Irlanda trabalhando há sete anos. Já o meu namorado vive no Brasil. Faz pouco mais de um ano que estamos juntos. Nós nos falamos todos os dias, várias vezes ao dia, e fazemos planos de ficar juntos no ano que vem. Para isso, precisamos decidir onde vamos morar, ainda não sabemos ao certo. O que sei é que essa aproximação precisa acontecer. Para mim, não há vantagem nenhuma em namorar alguém à distância. A vontade de estarmos juntos aumenta a cada dia e o que sinto é que estamos perdendo momentos importantes, que curtiríamos muito mais lado a lado.”