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Pessoas muito feias ganham melhores salários, aponta novo estudo

Novela "Betty, a Feia" - AP
Novela "Betty, a Feia" Imagem: AP

Do UOL

23/02/2017 09h36

Para conseguir o sucesso financeiro não basta ser pouco atraente, precisa ser mais do que isso. É isso que defende um estudo dos pesquisadores Satoshi Kanazawa, da Faculdade de Economia e Ciências Políticas de Londres, e Mary Still, da Universidade de Massachusetts, contrariando a ideia de que “bonitos sempre levam vantagem”.

A análise foi baseada em dados de uma importante pesquisa realizada desde 1994 nos Estados Unidos, chamada National Longitudinal Survey of Adolescent to Adult Health (Add Health). Este estudo acompanha regularmente cerca de 15 mil pessoas da adolescência até a idade adulta. O último recorte foi em 2008, com pessoas de idades entre 24 e 32 anos. A próxima será divulgada em 2018.

Neste universo, as pessoas entrevistadas nas idades de 16, 17, 22 e 29 classificaram outros participantes em níveis de “atratividade” numa escada de 1 a 5 – de "muito feio" até "muito bonito". Segundo o estudo, a análise levou em conta a simetria facial dos participantes, o que, segundo a ciência, determina o nível de beleza de forma mais objetiva.

Os participantes na faixa dos 29 anos foram questionados sobre seus ganhos anuais. Com isso, os dados entre as percepções de beleza e os salários revelados foram cruzados.

Como resultado, ao colocar em análise os “muitos feios” (2,7% dos participantes), os pesquisadores perceberam que era a categoria que mais ganhava dinheiro, mais que os “muito bonitos” (8% do grupo) e mais que os “feinhos”.

Segundo a pesquisa, a novidade está em olhar esta categoria de "muito feios". Os estudos anteriores levavam em conta somente as pessoas menos atraentes, sem tantas “nuances”. 

Mesmo entre os "lindos", a pesquisa enfatiza que estes raramente saem na frente por sua beleza no mundo corporativo e crava que geralmente um bom salário leva em questão um pacote de cinco pré-requisitos: saúde, inteligência, seriedade no trabalho, extroversão e menos neuroses.