Grávida e separada de Gissoni: por que Yanna Lavigne não é uma coitadinha?
Grávida de oito meses, Yanna Lavigne respondeu com o ditado popular "antes só do que..." a uma internauta no Instagram que lamentou o fim do relacionamento da atriz com Bruno Gissoni. "Você é tão linda, mas fico tão triste em saber que está vivendo esse momento sem o pai da sua filha, geralmente esse momento tão mágico e único tem que ser de cumplicidade", escreveu a seguidora em uma foto em que a atriz aparece com a mão na barriga.
Mas, afinal, por que as pessoas colocam Yanna como "coitadinha"? Na opinião das especialistas ouvidas pelo UOL isso se deve ao preconceito quando não é seguido o "padrão" de família, composto por pai, mãe e filho.
"Essa estrutura tida como padrão não é a única que pode ser bem-sucedida e feliz. Uma mãe que crie um filho sozinha ou dois pais que criem um filho também podem ser famílias bem construídas", explica a psicóloga Sabrina Gonzalez.
Na opinião da psicóloga Cristiane Pertusi, essa reação de tratar a atriz como coitada acontece por que as pessoas têm em seu imaginário um estereótipo do que seria correto e esperado acontecer quando uma mulher está grávida. "Só que a vida real não é feita de modelos perfeitos e é justamente isso que faz ser interessante, os desafios que não estão no script. Mas, para muita gente, eles soam como negativo e pesados, mas não é verdade eles podem trazer aprendizados para o futuro", afirma.
Outro estereótipo que pode explicar o motivo de Yanna ser vista dessa maneira, na opinião de Cristiane, é o conceito histórico de que a mulher precisa ser protegida e ter um homem ao seu lado. “É aquela ideia de que a mulher precisa ser amparada e cuidada e que não consegue dar conta das coisas sem a figura masculina. Claro que a figura do pai é importante, mas a sobrevivência emocional do bebê ou de uma gestante não depende da existência de um homem”, diz.
E por que já assumem que Gissoni não cuidará da criança?
Vários seguidores, então, passaram a mandar mensagens para Yanna relatando que criam seus filhos sozinhos e que ficará tudo bem com a atriz, que está grávida de oito meses. Sabrina acredita que as pessoas já assumem que a atriz ficará com o papel de cuidar da criança, pois isso sempre é atribuído a mãe. "As pessoas generalizam muito até por conhecer muitos casos de homens que só são pais quando convém. O fato de eles estarem separados não tira o papel dele de pai e também não quer dizer que ele não ajudará na criação da filha", fala.
No entanto, Cristiane explica que Gissoni terá que se dedicar para ter vínculo com a filha, já que muitas vezes as mulheres tendem a não dar espaço para que o homem se torne pai. “Isso acontece até com casais que vivem juntos. Quando a mulher tem um bebê existe um vínculo simbiótico entre mãe e filho muito forte, tanto que normalmente o homem fica jogado para escanteio e muitos casamentos terminam quando a criança é pequena”, explica.
"Antes só do que..."
Em resposta a seguidora que lamentou o fim do relacionamento, a atriz, sem completar o ditado popular, escreveu: "Antes só do que...". E Cristiane concorda que é muito melhor para a gestante estar em paz e saudável durante a gestação do que se envolver em situações de conflito.
"É melhor acabar uma relação que não está dando certo e não está traz felicidade do que passar por uma série de emoções negativas e de instabilidades que são passadas pelo bebê dentro do útero", diz.
Sabrina acredita que o ditado faz sentido no que se refere ao relacionamento da atriz e Gissoni, mas é preciso ter cuidado para não estendê-lo para a criança. "O pai tem que estar presente, pois o bebê vai precisar de uma figura que assuma o papel paterno. Pode não ser necessariamente o pai, pode ser um avô ou tio, mas a função paterna é importante para tirar um pouco a criança dessa relação 'mãe e filho', fora que a relação com o pai tem papel importante na maneira como a criança se relaciona com o mundo", diz.
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