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Insta, Snap, Face e Twitter prejudicam saúde mental dos jovens, diz estudo

A pesquisa foi realizada com 1.479 participantes, com idades entre 14 e 24 anos - Petar Chernaev/Getty Images
A pesquisa foi realizada com 1.479 participantes, com idades entre 14 e 24 anos Imagem: Petar Chernaev/Getty Images

Do UOL

19/05/2017 09h45

Quatro das cinco redes sociais mais populares foram consideradas prejudiciais à saúde mental de crianças e jovens, de acordo com pesquisa conduzida por duas organizações de saúde britânicas, a Royal Society for Public Health e a Young Health Movement.

Segundo o estudo, o Instagram é o principal causador de impacto negativo, seguido pelo Snapchat, pelo Facebook e pelo Twitter. Apenas o YouTube foi considerado capaz de causar um impacto positivo nos jovens.

De acordo com a pesquisa, as quatro plataformas prejudiciais podem exacerbar as preocupações das crianças e dos jovens com a imagem corporal, pioram o bullying e causam problemas de sono, sentimentos de ansiedade, depressão e solidão.

Foram ouvidos 1.479 participantes com idade entre 14 e 24 anos. Eles responderam um questionário que avaliava o impacto das cinco redes sociais em 14 critérios diferentes de saúde e bem-estar, incluindo seus efeitos sobre sono, ansiedade, depressão, solidão, bullying e imagem corporal.  O Instagram teve a pior pontuação em sete das 14 categorias propostas.

Para o professor Simon Wessely, presidente da Royal College of Psychiatrists, os resultados da pesquisa são simplistas e é injusto culpar apenas as redes sociais pelo sofrimento metal pelo qual muitos jovens estão passando.

“Tenho certeza que as redes sociais têm um papel de destaque na infelicidade dos jovens, mas, assim como provocam efeitos negativos, elas também provocam os positivos. Precisamos ensinar às crianças a lidar com todos os aspectos das mídias sociais –os bons e os ruins-- para prepará-los para um mundo cada vez mais digitalizado”, afirmou Wessely para o jornal “The Guardian”.