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6 sinais de que o apego ao passado sabota seus romances

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Imagem: iStock

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

28/05/2017 04h00

Por mais que você pareça 100% disposta a encarar um novo relacionamento, é comum o inconsciente volta e meia sinalizar que os antigos amores ainda estão bem presentes na sua vida. Para se livrar desses fantasmas e seguir em frente numa boa, nada melhor do que aprender como identificar esses sinais. Veja alguns exemplos:

1. Você procura o mesmo tipo de cara que já lhe fez infeliz

Sabe o famoso "dedo podre"? Pois é, de certa forma ele existe, sim, é mais comum do que a gente imagina. Não se trata de ter azar no amor, mas de recorrer sem se dar conta à mais comum das atitudes humanas: repetir padrões. Reflita se é o poder do hábito que a tem levado a insistir em um relacionamento malsucedido após o outro. Assuma a responsabilidade por essas escolhas, analise o que aprendeu com elas e encare o seu maior medo: ser feliz. 

2. Você teme que o atual cometa os mesmos erros do ex e vive na defensiva

É difícil superar uma desilusão amorosa, ainda mais quando a pessoa em quem depositamos tanta confiança nos traiu, nos agrediu ou nos fez sofrer com controle ou ciúme exagerados, só para citar alguns exemplos. Assim, é normal ficar com o pé atrás com quem acabamos de conhecer -- é uma maneira de nos proteger. No entanto, exagerar nesse senso de preservação e viver o tempo todo sob a tensão de que o outro vai nos machucar acaba boicotando tudo aquilo de bom que ele tem a oferecer.

3. Sempre que um romance começa a avançar, você recua

Ele manda meia dúzia de WhatsApp, você finge que não teve tempo de responder. Ele liga, você deixa cair na caixa postal. Ele surge de surpresa na saída do trabalho, da faculdade ou da academia, você afirma que está superenrolada com alguma coisa mal explicada e promete um date no fim de semana. No sábado, você some. No domingo, ele já está em outra. Na segunda, num misto de culpa e de alívio, você diz para si mesma: "Não era para ser". Só que desse jeito não vai ser nunca, mulher! Antes de iludir outro sujeito, que tal fazer uma avaliação sincera sobre seus sentimentos? É comum sair de um romance com a sensação de que ele terminou antes do que gostaria, de que não viveu o suficiente com aquela pessoa. Isso pode dificultar engatar uma nova relação, já que se sente ainda presa à anterior. Se precisar de mais um tempo para digerir o fim do último namoro, tudo bem.

4. Você espera que o atual tenha as mesmas atitudes positivas que o ex

Apesar de a relação não ter dado certo, seja lá qual for o motivo, você tem consciência de que o ex tinha muitas qualidades -- e, por um tempo, pode até sentir saudade delas. Sem problemas. O que merece atenção é o fato de você projetar expectativas numa nova relação com base no que viveu antes, esperando que o par atual aja da mesma maneira. Segundo especialistas, algumas pessoas fantasiam uma nova relação desejando que ela preencha as lacunas da anterior, ao mesmo tempo que mantenha suas características positivas. Isso é impossível, pois cada ser humano é único e, afinal de contas, vocês ainda estão se conhecendo. Dê tempo ao tempo e aprenda identificar os pontos positivos dele.

5. Você se afasta de pessoas que lembram alguém que lhe feriu

Nosso inconsciente tenta nos defender o tempo todo, por isso é comum você se assustar quando o novo namorado age ou fala da mesma maneira que um antigo -- e péssimo -- namorado costumava fazer. Antes de dar o cartão vermelho para o sujeito, pense que cada relação é única, assim não compare o que viveu com o que ainda pode vir a viver. Redobre, sim, a atenção, ainda mais se vivenciou um relacionamento abusivo, mas saiba discriminar o que é fruto da relação atual e o que é resultado de conflitos passados.

6. Você ainda cultiva os sonhos da adolescência

O passado, nesse caso, vem na forma de garotos mais velhos do colégio, integrantes de boy bands, roqueiros cabeludos e até personagens da literatura (olá, Edward e Mr. Darcy). Paixonites normais, que fazem parte do crescimento. Há, entretanto, quem se prenda às fantasias púberes e, sem perceber, queira aplicar as características de tudo aquilo que imaginou ou sonhou nos relacionamentos da vida adulta, idealizando parceiros e situações -- que, aliás, nunca trarão satisfação, já que dificilmente alcançarão os padrões desejados. Não existe par ideal, e sim o melhor par possível. Está na hora de parar e sonhar e perceber que, assim como você, todos têm defeitos e qualidades.

 

Fontes: Adriana Garcia, terapeuta de casais e famílias, de São Paulo (SP); Cristiane Moraes Pertusi, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP (Universidade de São Paulo); Fabio Bonilha Cavaggioni, psicanalista e diretor da Clia Psicologia Saúde & Educação, de São Paulo (SP); Priscila Gasparini Fernandes, psicóloga e psicanalista, de São Paulo (SP), Samantha di Khali, psicóloga de São Leopoldo (RS) e Suzana Duclos, psicóloga e coautora do livro "Por todas as formas de amor" (Ed. Ágora).