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Você namora apenas para não se sentir só? 5 sinais deixam isso claro

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Imagem: iStock

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

07/06/2017 04h00

Se você sente que seu relacionamento é um tanto arrastado, estranho e não proporciona prazer algum, talvez seja a hora de avaliar se não está nele apenas para afastar o medo da solidão. Veja cinco sinais que podem indicar isso:

1. Você vive enrolada em relações ruins

Parece que você só atrai homens ciumentos, controladores, machistas... Seria a famosa "síndrome do dedo podre" ou o será que você prefere se meter em namoros abusivos a ficar sozinha? Durante um tempo, a farmacêutica Helena Gonçalves, 34, encarou relacionamentos péssimos, um atrás do outro. "Depois de refletir muito na terapia, me dei conta de que eu mesma sabotava minha vida amorosa. Decidi, então, fazer uma viagem sozinha e enfrentar todos os meus medos. Foi uma fase de autodescoberta, em que percebi que não ter alguém ao meu lado não me diminuía em nada. Só após aprender a me sentir bem comigo mesma consegui viver uma relação sadia", conta.

2. Você se sente mais poderosa com alguém

A baixa autoestima é um fator recorrente por trás de namoros que existem para aplacar a solidão. O medo de não se sentir valorizada, o excesso de crítica e sentimentos de rejeição e abandono motivam a necessidade de estar com alguém que possa suprir essas carências. "Quando isso acontece, o referencial para ser feliz é o outro. O sentimento de menos valia prepondera e mantém o comportamento da busca incansável por alguém que possa amá-la e protegê-la", fala a psicóloga clínica Isabel Spíndola, autora do recém-lançado “Por que escolhemos homens errados?” (Ed. Escuta).

3. Você quer superar carências da infância

Quem passou por desamparo e solidão na primeira infância pode embarcar em romances infelizes apenas para não se sentir só. Outra ponto importante: a maneira como os pais lidam um com o outro não passa despercebida pelos filhos. É com eles que temos os primeiros exemplos de como funciona um relacionamento. “A criança aprende muito com aquilo que observa. Se os pais, por exemplo, brigam muito publicamente e só manifestam carinho em casa, entre quatro paredes, ela cresce com a ideia de que é ‘normal’ ter conflitos mal administrados num namoro”, aponta a psicóloga e terapeuta sexual Maria Lúcia Beraldo, de Juiz de Fora (MG). Até mesmo o papel em que a pessoa se coloca numa relação -- vítima, controladora, ciumenta, reprimida -- pode ser uma espécie de “reprise” do papel que o pai ou a mãe desempenhavam aos olhos infantis.

4. Vocês não têm nada a ver um com o outro

Para não passar recibo de "abandonada" depois que o ex a trocou por outra (com quem a traía durante o namoro), a advogada Miriam Vieira Fernandes, 32, grudou no primeiro cara que quis algo sério com ela. "Foi um martírio. Sabe aqueles casais que alternam a pegação com longos silêncios, simplesmente porque não existe assunto? Éramos desse jeito. Logo na primeira semana eu vi que não ia dar certo, mas o cara era lindo e eu queria parecer superior ao meu ex, já que trabalhávamos juntos. Depois de dois meses, percebi que não estava sendo honesta nem com o novo namorado, nem comigo mesma, e dei o fora. Não adianta forçar a barra e ficar com alguém que não tem nada a ver com você, pois sentir solidão a dois é pior do que enfrentá-la sozinha", admite.

5. Você não quer ser a única "avulsa" da turma

Em vez de arrumar alguém apenas para levar a tiracolo nos programas de casal da turma, que tal aproveitar o período de solteirice para se conhecer melhor? Qual o problema em viajar, ir ao cinema, sentar num café ou passear num parque sozinha? Nenhum, assim como não há drama algum em sair em grupo sem ter um par. Melhor do que ter alguém do lado e se sentir só mesmo assim, não é mesmo?