Topo

Demi Lovato explica motivo de não querer ser rotulada como bipolar

A atriz e cantora Demi Lovato - Reprodução/Instagram
A atriz e cantora Demi Lovato Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

03/08/2017 15h51

A saúde mental tornou-se uma questão amplamente discutida nos últimos anos. Muito disso se deve a celebridades como a cantora Demi Lovato, que foi diagnosticada com transtorno bipolar em 2011 e, desde então, compartilha com o grande público sua luta diária contra a doença. Apesar da cura não ser possível, esse transtorno bipolar pode ser tratado.

De acordo com a Healthline, cerca de cinco milhões de americanos foram diagnosticados. Aqueles que têm essa condição geralmente podem experimentar altos e baixos extremos em seu comportamento e no humor. Mas existe algo que Demi quer que seus fãs saibam: mesmo que tenha o transtorno, ela não quer ser definida por isso.

"Acho que quando as pessoas se referem a mim como bipolar, apesar de ser verdade--eu realmente sou bipolar--me incomoda que isso seja um rótulo", explicou ela durante uma entrevista ao programa iHeartRadio. "Trata-se de algo que eu tenho, não quem eu sou. Falar de Demi Lovato como ativista é algo do qual eu realmente me orgulharia".

E a cantora definitivamente é uma ativista, tanto que ajudou a aliviar o estigma em torno dos problemas de saúde mental. Isso porque, mesmo que esteja lutando contra o seu próprio transtorno, ela ainda continua forte na indústria da música. Um exemplo foi que acabou de lançar "Sorry Not Sorry" este mês - e já é um grande sucesso.

"Estou em uma posição onde mais pessoas me escutarão hoje do que ouviriam 10 ou 15 anos atrás", diz. "E uso minha voz para fazer mais do que simplesmente cantar, mas também falar sobre saúde mental, que é algo sobre o que sou muito apaixonada".

Fim do preconceito

Embora hoje sejam mais comentadas, doenças como depressão, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), bipolaridade, síndrome do pânico e esquizofrenia  ainda são envoltas em medo, preconceito e ignorância.

Todas exigem tratamentos prolongados, à base de medicação e psicoterapia, em muitos casos para a vida toda. A rotina da pessoa, no entanto, não pode parar. Com as técnicas adequadas e o apoio de amigos e familiares, é possível ter um dia a dia normal e trabalhar, estudar, sair com os amigos, namorar.

A melhor maneira de lidar com essas doenças é não estigmatizá-las, mesmo porque seus índices tendem a crescer. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a depressão, por exemplo, atinge mais de 121 milhões de pessoas no planeta e na década de 2020/2030 será a doença mais comum do mundo.

A esquizofrenia atinge 1% da população em idade jovem, entre 15 e 35 anos, e tem enorme impacto social; já o TOC é o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população.